Por RODRIGO DIAS
Um trabalho conjunto das Polícias Civil e Federal tirou, hoje (6), das ruas 87 criminosos condenados e procurados pela Justiça do Amapá.
Batizada de Operação Harpia, a ação foi considerada um sucesso, mas ainda há muitas algemas para serem colocadas pelos policiais: o Amapá tem mais de 1 mil mandados de prisão em aberto para criminosos considerados de alta periculosidade, segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Cezar Vieira.
De acordo com ele, o trabalho começou no período de 1º a 15 de julho, quando foi feito o levantamento da localização dos alvos. Em seguida, iniciaram os cumprimentos dos mandados de prisão preventiva ou definitiva expedidos pela Justiça amapaense.
“Foi realizada uma triagem pela periculosidade e prazos. Atualmente, no Amapá, temos mais de mil mandados em aberto e estamos tentando diminuir ao máximo essa quantidade. A Polícia Civil e a Polícia Federal contam com o apoio da população para conseguir prender esses foragidos. Os olhos da polícia são o povo”, disse Vieira.
A ação se estendeu até esta terça-feira (6), quando foram cumpridos mandados de prisão em várias regiões do Brasil, 81 no próprio Amapá, 2 em Santa Catarina, 2 no Rio Grande do Sul, 1 em São Paulo e 1 no Pará.
Polícia Federal
O delegado Vitor Moraes Soares, superintendente regional da Polícia Federal no Amapá, assegurou que a operação desta terça-feira não teve nenhum alvo ligado a prefeituras e ao governo do Amapá, ao contrário do que foi propagado na internet.
“Eram criminosos de alta periculosidade. Sempre que a Polícia Federal, juntamente com a Polícia Civil, realiza operações conjuntas, e que eventualmente tenham algum alvo vinculado a algum órgão de governo, os primeiros a informar serão a PC e a PF. Queremos garantir a maior lisura e transparência dessas informações, especialmente neste período eleitoral”, pontuou Soares.
Já está sendo investigado quem propagou a desinformação para posteriormente penalizá-los. Uma das diligências que chamou atenção e gerou falsas informações nas redes sociais foi a que ocorreu dentro do Hospital de Emergência de Macapá.
Os policiais chegaram ao hospital por volta das 6h buscando um paciente de 59 anos, condenado pela justiça por crime sexual e que estava foragido. Ao irem à casa dele, foram informados pela esposa que ele estaria internado no hospital. No entanto, ele não foi localizado pelos agentes, conforme apurou o Portal SN com fontes do hospital.
Feminicídio
Uma das prisões efetuadas hoje foi a de um homem condenado por ter matado a esposa no Rio Grande do Norte, em 1997. Depois de se esconder durante vários anos em diversas cidades do Nordeste, ele foi preso em Macapá.
A operação mobilizou 17 delegados da Polícia Civil e três da Polícia Federal, além de quase 100 agentes das duas corporações.