Primeiramente enganado, homem passou a aplicar o ‘Golpe do Miracema’, diz polícia

Acusado tem 40 anos e havia sido uma das vítimas enganadas por uma mulher que foi presa no mês passado.
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Da REDAÇÃO

Um homem de 40 anos foi preso nesta quarta-feira (14), acusado de aplicar o conhecido Golpe do Miracema. O delegado Nicolas Bastos, responsável pelo caso, informou que o suspeito, que começou como vítima, passou a praticar fraudes após entender o esquema em que havia sido enganado. Outras duas mulheres já foram presas pelo mesmo golpe.

“O sujeito arregimenta um testa de ferro, vamos chamar assim, para recrutar pessoas interessadas em constar nas listas de beneficiários de moradias populares. Essas pessoas pagam valores como se fossem propinas, achando que estão pagando para servidores, seja do junta-estado, do município ou da união, e que essas pessoas iriam colocá-las na frente desses programas de moradia. Na verdade, isso era puramente um golpe, porque os estelionatários não tinham contato algum da administração pública, não tinham influência nenhuma no processo de elaboração dessas listas,” explicou o delegado.

O esquema consistia em prometer às vítimas um lugar prioritário em programas de moradia popular, mediante o pagamento de propinas que, na verdade, eram destinadas aos golpistas. Segundo o delegado, o preso de hoje começou como vítima. Inicialmente, ele foi enganado por outra pessoa, que foi presa em julho passado.

“Quando ele observou e entendeu o que estava acontecendo, resolveu ele mesmo passar a aplicar golpes em outras vítimas. Então escolheu seus próprios testas de ferro e os encorajou a falar com familiares e amigos interessados em moradia nesses programas populares. Começou a arrecadar essas falsas propinas, que, segundo as investigações concluídas, não estavam destinadas a nenhum agente público, mas eram somente parte do engano, do engodo dessas pessoas que acreditaram que receberiam uma moradia e que nunca receberam,” completou o delegado Barros.

O nome do golpe é uma alusão ao Conjunto Residencial Miracema, na zona norte de Macapá. O habitacional foi construído com recursos do Programa Minha Casa, Minha Vida. As investigações continuam para identificar e prender outros envolvidos no esquema. O nome do preso não foi divulgado pelas autoridades.

Seles Nafes
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