Famílias de deficientes e autistas sofrem com falta de energia; Equatorial diz ter resolvido problema

Moradores sofrem com o calor nas horas que não tem energia elétrica, pessoas com deficiência acabam tendo crises.
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Por RODRIGO DIAS

Moradores da Avenida Piauí, no Bairro Pacoval, em Macapá, estão pedindo socorro. Há mais de dois meses, eles enfrentam a constante falta de energia elétrica diária na região, entre as ruas Guanabara e São Paulo. Além das noites sem dormir e do intenso calor, as famílias têm perdido aparelhos eletrônicos, como televisores e centrais de ar, danificados pelo “vai e vem” do fornecimento.

A funcionária pública Rosana Oliveira, que mora na área há uma década, relata que o problema tem piorado. Em sua casa, vivem uma criança de 3 anos e uma pessoa com deficiência, de 61 anos, que sofrem neste segundo semestre com o calor. Até o sistema de segurança da casa fica prejudicado com as quedas de tensão.

Rosana já perdeu vários …

… equipamentos com as constantes quedas

Rosana presencia o sofrimento do seu irmão, pessoa com deficiência por causa do problema. Fotos: Rodrigo Dias

“Já tivemos vários prejuízos. Perdemos duas TVs, e a cerca elétrica tem falhado, assim como as câmeras de segurança. Além disso, as noites sem dormir são frequentes. Meu irmão, que tem necessidades especiais, não entende a situação e fica muito agressivo, gritando sem parar. Se nós já sofremos, imagine ele”, desabafou.

Segundo Rosana, diversos protocolos foram abertos junto à concessionária de distribuição do Amapá, a CEA Equatorial, mas o problema ainda não foi resolvido. A moradora, que paga R$ 1 mil por mês na conta de energia, não sabe mais a quem recorrer.

“Queremos uma explicação. Precisamos saber qual é a causa desse problema. Moramos no centro, perto do Ciosp. Não é possível que tenhamos que conviver com essa situação constrangedora”, acrescentou.

Talões ultrapassam sos R4 1 mil

Marina: “Em casa, temos duas crianças autistas, de 6 e 2 anos, que passam a noite chorando por causa do calor”

Vizinhas afirmam já terem abertos vários chamados na distribuidora

Marina Silva, pensionista federal, enfrenta a mesma dificuldade. Ela gasta, em média, R$ 1,2 mil em energia todo mês, e também já perdeu eletrodomésticos.

“Já perdi três ventiladores. Em casa, temos duas crianças autistas, de 6 e 2 anos, que passam a noite chorando por causa do calor e da falta de sono. É inadmissível pagarmos caro por um serviço tão ruim, além de perdermos nossos bens. Queremos uma solução”, exigiu.

Procurada, a Equatorial informou que resolveu o problema no último sábado (12), com a recomposição da rede no trecho da Avenida Piauí, entre Guanabara e São Paulo.

“A rede elétrica sofreu com danos devido a uma tentativa de furto de fibra ótica, o que causou interrupções de energia no perímetro. Após a ação preventiva da distribuidora, não houve novas ocorrências de falta de energia no local. A CEA aproveita para orientar que em casos de falta de energia, é importante registrar ocorrência pela central de atendimento 0800 096 0196, pela Clara, assistente virtual no WhatsApp (96) 3082-2949, ou pelo site www.equatorialenergia.com.br”. 

Seles Nafes
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