Por SELES NAFES
Moradores do Residencial Amazonas, na Rodovia Duca Serra, zona oeste de Macapá, não sabem a quem recorrer para obter água em casa. Durante os protestos que duraram toda a quinta-feira (31), eles denunciaram a omissão da empresa proprietária do loteamento, que no fim da noite chamou os moradores para dialogar.
O residencial foi criado há cerca de 10 anos por uma empresa que faz parte do grupo da Importadora Amazonas, dona de uma rede de lojas na capital, em Santana e outros municípios.
O Residencial Amazonas conta com cerca de 1.180 lotes, a maioria ocupados. As famílias afirmam que confiaram nas promessas de infraestrutura feitas pela empresa, como ruas asfaltadas, iluminação pública e abastecimento de água.
No entanto, o abastecimento tem sido a maior dor de cabeça há meses. Apenas três poços artesianos foram construídos e não conseguem abastecer nem 300 casas, segundo relatos.
“Tinha que ser poço industrial”, ressaltou um morador.
Ontem, após uma semana sem água, os protestos e panelaços se estenderam pela noite. Até rojões foram usados para chamar atenção e pressionar a empresa a se posicionar. Um grupo de moradores tentou falar com os responsáveis pelo empreendimento, mas não conseguiu.
“Estamos sem água praticamente a semana toda, e ninguém faz nada. A dona do empreendimento nem nos recebe”, comentou um proprietário.
“A falta de água tem afetado diretamente a qualidade de vida da comunidade, tornando urgente a solução necessária”, acrescentou uma moradora.
No fim da noite, a proprietária do residencial recebeu uma comissão de representantes das famílias e ofereceu R$ 200 mil para que a associação de moradores assuma a condução do problema.
Uma assembleia extraordinária de moradores foi marcada para o próximo dia 6, para decidir se a associação assumirá o abastecimento ou se repassará este valor para a CSA.