Por SELES NAFES
Há quase duas semanas, a Câmara Municipal de Macapá tenta votar o projeto de lei da mesa diretora que prevê o aumento das verbas de atividade parlamentar. Nesta terça-feira (5), pela terceira vez consecutiva, a sessão foi encerrada por falta de quórum.
Nos bastidores, o Portal SN apurou que a principal dificuldade enfrentada pelo presidente da Câmara, Marcelo Dias (PRD), é convencer vereadores que não conseguiram se reeleger a apoiar o projeto. Em outubro, cerca de 60% dos parlamentares não renovaram seus mandatos e, portanto, não serão beneficiados com o aumento de verbas.
Alguns vereadores, por questões ideológicas, não estariam dispostos a votar favoravelmente mesmo que tivessem sido reeleitos. É o caso de Dudu Tavares (PDT) e Janete Capiberibe (PSB). No entanto, outros que também não foram reeleitos, como Gian do NAE (PRD) — membro da mesa diretora —, defendem o projeto, argumentando que o aumento das verbas está embasado na Lei Orgânica de Macapá e é necessário para contratar profissionais qualificados.
O projeto propõe aumentar a verba de gabinete de R$ 20 mil para R$ 57 mil (destinada à contratação de pessoal), e a verba indenizatória (gastos do mandato), de R$ 10 mil para mais de R$ 20 mil.
No fim do mês passado, a Câmara aumentou em quase 70% os salários do prefeito, vice e do primeiro escalão, além dos próprios salários.