Por SELES NAFES
O novo prefeito de Porto Grande, Elielson Moraes (MDB), decidiu suspender o concurso público que previa a contratação de 141 servidores para a cidade, que fica a 105 km de Macapá. A decisão foi tomada após a identificação de irregularidades no processo conduzido pelo Instituto Ágata, contratado pela gestão anterior de José Bessa (PDT).
Segundo Elielson, 11 dos 28 itens exigidos para a realização do certame não foram atendidos pela empresa responsável. Entre as falhas apontadas estão: a ausência de comprovação da publicação de edital em jornal de grande circulação, falta de documentos que comprovem a regularidade fiscal e a inexistência de registros sobre a contratação de profissionais habilitados para compor a banca examinadora.
O Instituto Ágata também não apresentou comprovantes de segurança para evitar fraudes no concurso, como a estrutura técnica necessária para a aplicação das provas. Além disso, e talvez o mais grave, o concurso não foi autorizado pela Câmara de Vereadores.
O gestor concedeu ao instituto um prazo de 20 dias para regularizar as pendências e apresentar os documentos faltantes. Caso isso não ocorra, o concurso será cancelado definitivamente.
O concurso público tinha como objetivo preencher vagas em áreas essenciais, como saúde, educação e serviços gerais, com salários entre R$ 1,5 mil e R$ 10 mil. As inscrições já começaram e seriam encerradas no dia 10 de fevereiro, com provas marcadas para abril.