Por SELES NAFES
Um print de um grupo de WhatsApp revelou um pouco do nível de ódio político nas redes sociais e nos bastidores dos mandatos. Uma assessora do deputado federal Josenildo Abrantes (PDT-AP) sugeriu o assassinato da deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP). Ela foi exonerada.
O comentário foi feito pela assessora Loyanna Santana após a indicação da deputada do PL para compor a comissão que representaria a Câmara no debate sobre o Marco Temporal para a demarcação das terras indígenas. A escolha foi feita pelo presidente da Casa, Hugo Mota.
A nomeação gerou revolta na assessora, que expressou sua indignação no grupo.
“Silvia Nobre. Alguém precisa matar essa mulher”, escreveu Loyanna Santana, sendo advertida por um colega logo abaixo.
“Cuidado com o que escrevemos”, alertou ele.
Silvia Waiãpi registrou queixa na Polícia Legislativa.
Procurada pelo Portal SN nesta segunda-feira (31), Loyanna tentou demonstrar arrependimento.
“Fiz um comentário infeliz em um grupo de estudantes indígenas na UnB. Faço mestrado em História, sociedade, política e cultura na Universidade de Brasília. Já pedi desculpas à deputada e peço por gentileza que não ajudem a difundir isso”, declarou.

Grupo de estudantes da UNB
A assessoria de comunicação do deputado Josenildo Abrantes emitiu uma nota informando que o processo de exoneração da assessora foi iniciado.
“O deputado Josenildo já entrou em contato com a deputada Sílvia Waiãpi para reafirmar seu compromisso pelo respeito mútuo entre os parlamentares e com a boa convivência com toda e qualquer pessoa, independente da sua orientação política, religião, gênero ou raça”, afirmou a nota.