Caso Raiane: ex-namorado alega doença no joelho para tentar deixar a prisão

Fevereiro de 2023, George é condenado a 24 anos e seis meses de prisão pelo homicídio brutal da ex-namorada
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Por SELES NAFES

Por unanimidade, os desembargadores da Câmara Única do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) negaram o pedido de prisão domiciliar de George de Oliveira Corrêa, condenado a 25 anos de reclusão pelo assassinato da ex-namorada Raiane Miranda de Andrade, de 20 anos, em julho de 2020, no município de Santana, a 17 km de Macapá.

A defesa de George alegou que ele sofre de fortes dores no joelho direito e necessita urgentemente de uma cirurgia, motivo pelo qual solicitou o cumprimento da pena em casa pelo prazo de 120 dias. Segundo a defesa, ele já realizou exames médicos e recebeu indicação cirúrgica, mas no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN) não estaria recebendo o tratamento adequado.

Contudo, a Justiça considerou que não há comprovação de que o sistema prisional não possa prestar o atendimento necessário. O relator do caso, desembargador Carlos Tork, destacou que a concessão de prisão domiciliar por questões de saúde só é admitida em situações excepcionais, quando há doença grave e a assistência médica dentro do presídio é comprovadamente insuficiente.

A jovem de 20 anos foi morta a facadas…

Familiares se despedem de Raiane. Foto: Rodrigo Dias/SN

Familiares da vítima em fevereiro de 2023, durante o julgamento. Fotos: Athina Monique

George foi condenado a quase 25 anos em regime fechado

Condenação e crime brutal

George de Oliveira Corrêa foi condenado em fevereiro de 2023 a 24 anos e seis meses de prisão pelo homicídio triplamente qualificado de Raiane Miranda de Andrade. A jovem, de apenas 20 anos, foi brutalmente assassinada com quatro facadas que atingiram sua coluna cervical, causando uma lesão raquimedular. As imagens do crime, registradas por câmeras de segurança, mostraram que a vítima caiu no chão instantaneamente após os golpes. Caso tivesse sobrevivido, teria ficado tetraplégica. Abaixo, vídeo mostra ele tentando abraçar a vítima, que depois é esfaqueada várias vezes.

O julgamento durou 20 horas, e a defesa tentou argumentar que George teria agido sob violenta emoção e que sofreria de transtorno de personalidade borderline. No entanto, os jurados rejeitaram essa tese, pois não foi apresentado nenhum laudo médico que comprovasse a condição mental do réu.

Durante seu depoimento, o condenado revelou que foi estuprado dentro do Iapen e que, antes do crime, sonhava em se tornar jogador de futebol para ajudar os pais.

Seles Nafes
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