Impasse, chuva e emoção marcam 1ª noite de desfiles no Sambódromo

Embaixada de Samba Cidade de Macapá alegou condições supostamente inadequadas da pista após forte chuva, mas desfilou normalmente. Fotos: Secom
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Da REDAÇÃO

A primeira noite de desfiles no Sambódromo de Macapá, realizada na Avenida Ivaldo Veras, foi marcada por emoção e contratempos. Cinco escolas de samba se apresentaram, mas o início dos desfiles sofreu um atraso de uma hora devido a um impasse envolvendo a Embaixada de Samba Cidade de Macapá, que alegou condições inadequadas na pista após uma forte chuva. A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesap) anunciou que o desfile seria adiado das 21h para as 22h. Mesmo assim a agremiação ainda demorou para entrar na avenida.

A Embaixada de Samba Cidade de Macapá, integrante do Grupo de Acesso, foi a primeira a desfilar. Com o enredo “A Vida é uma Feira”, a escola exaltou as tradicionais feiras populares, destacando a importância cultural e econômica desses espaços na vida cotidiana. Mesmo com o atraso inicial, a agremiação trouxe para a avenida cores vibrantes e alegorias que representavam a diversidade das feiras locais.

Casal de mestre-sala e porta-bandeira da Embaixada de Samba Cidade de Macapá

SOLIDARIEDADE

Em seguida, a escola Solidariedade entrou na avenida com um enorme “Jacaré”, símbolo da escola. O tema era inspirado na força da fé e renovação, com a expectativa de conquistar o título do Acesso e voltar ao Grupo Especial. 

Casal da Solidariedade

IMPÉRIO DA ZONA NORTE

A terceira escola a se apresentar foi a Império da Zona Norte. Com o tema “Isaac e sua Alegria”, contou a história da região que destacava a resistência e a evolução da comunidade. A escola trouxe para a avenida elementos que remetiam às tradições e conquistas dos moradores da zona norte de Macapá. O destaque ficou por conta da comissão de frente, que apresentou uma coreografia sincronizada e envolvente.

Casal da Império da Zona Norte

Piratas Estilizados foi a quarta escola a desfilar, trazendo um enredo que abordava a “Lenda de Iaça” (Açaí ao contrário). Com fantasias que representavam seres folclóricos e uma bateria que incorporava ritmos regionais, a escola proporcionou um espetáculo rico em cultura e tradição. Entretanto, enfrentou dificuldades na evolução de uma das alegorias, o que gerou preocupação entre os dirigentes.

Casal da Piratas Estilizados

IMPERIO DO POVO

Encerrando a noite, a Império do Povo (do município de Santana), trouxe para a avenida o enredo sobre o grafismo dos povos indígenas Waiãpi. Acima, uma entidade indígena ilustrou uma das alegorias.

Casal da Império do Povo

O público, apesar dos contratempos iniciais, compareceu em peso e demonstrou entusiasmo durante todas as apresentações. Famílias inteiras ocuparam as arquibancadas, celebrando o retorno dos desfiles após um período de interrupção devido à pandemia. A segurança foi reforçada, garantindo tranquilidade aos presentes.

A organização do evento, embora tenha enfrentado desafios devido às condições climáticas, trabalhou para minimizar os impactos no cronograma. As escolas, por sua vez, mostraram resiliência e compromisso com a cultura local, entregando desfiles que exaltaram a riqueza e a diversidade do Amapá.

Confira as escolas que desfilam no sábado, 1º de março

  • 21h – Emissários da Cegonha
  • 22h35 – Unidos do Buritizal
  • 0h10 – Boêmios do Laguinho
  • 1h45 – Maracatu da Favela
  • 3h20 – Piratas da Batucada
Seles Nafes
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