Por OLHO DE BOTO
A defesa do criminoso que foi filmado matando a facadas um homem que bebia na calçada de uma mercearia na zona sul de Macapá, costuma alegar insanidade mental para livrar seu cliente das acusações. O crime, ocorrido no último sábado (12), próximo do Habitacional Açucena, já é a 3ª acusação de homicídio que ele vai enfrentar, segundo a Polícia Civil do Amapá.
O acusado foi preso na tarde deste domingo (13) após uma ação ininterrupta da Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). De acordo com a polícia, Railan Barbosa dos Santos, de 26 anos, confessou o assassinato. Ele afirmou aos agentes que esfaqueou a vítima porque, horas antes, o homem teria jogado uma latinha de cerveja em seu rosto.
A vítima, Laudeci de Souza Lobato, de 41 anos, chegou a tentar se levantar após ser atingido, mas devido à gravidade dos ferimentos no tórax e no braço, desabou na calçada. Ele morreu em poucos minutos. O crime foi registrado pelas câmeras de segurança do estabelecimento.

Ele foi localizado em via pública, nas proximidades do local do crime. Fotos: Olho de Boto
Conhecido pelo apelido de Pirulito, o agressor fugiu logo após o ataque. Ele foi localizado nas proximidades do local do crime, em uma via pública atrás do habitacional Açucena. Cercado pelos investigadores da DHPP, não teve chance de reagir: levantou as mãos, se jogou no chão e foi imobilizado.
Railan Barbosa dos Santos foi autuado em flagrante por homicídio. Ele aguarda audiência de custódia.

Vítima bebia na calçada de uma mercearia. Foto: Olho de Boto
Histórico
Segundo a polícia, Railan tem na ficha criminal duas condenações, uma por furto qualificado (2017) e uma por tráfico de drogas (2022), a qual obteve progressão ao regime aberto em setembro de 2024 – por isso não estava atrás das grades.
Além disso, quando cometeu o crime no sábado, ele já respondia por outros dois homicídios, que teriam sido praticados, segundo a polícia, em 2018, também com uso de arma branca, e em 2021.

O acusado foi preso após uma ação ininterrupta da Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Foto: Olho de Boto
Ele ainda será julgado por esses crimes. Os julgamentos ainda não ocorreram porque ainda está em análise pela justiça a alegação de insanidade mental feita pela defesa de Railan, uma tentativa de torná-lo o que a lei conhece como ‘inimputável’ – ou seja, um indivíduo que não é legalmente responsável por seus atos, e, portanto, não pode ir a julgamento por homicídio.