Ex-diretor do Detran fala sobre contrato e diz estranhar operação do MP

Rorinaldo Gonçalves afirmou que o contrato investigado foi firmado há mais de 6 anos, havia sido encerrado com servidores exonerados
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Por SELES NAFES

O ex-diretor do Detran, capitão da PM Rorinaldo Gonçalves, falou com o portal SelesNafes.Com sobre a operação do Ministério Público que investiga o contrato de manutenção da frota de veículos do departamento. Ele revelou que o contrato é de 2018, que já tinha sido encerrado, e houve a exoneração de todos os servidores envolvidos à época dos fatos.

Muito estranha essa operação em cima de um caso passado, um contrato já encerrado onde todos os envolvidos a época foram exonerados e o contrato encerrado. Operação midiática, pois o fato não estava acontecendo, já havia ocorrido e investigado pelo Detran no âmbito administrativo e enviado cópias dos documentos para o MP para apurar”, comentou.

Ontem (19), 12 mandados foram cumpridos em residências, no Detran e numa empresa. Os nomes não foram divulgados. O governador Clécio Luís (SD) determinou o afastamento de todos os investigados e nomeou ainda ontem o advogado Emmanuel Dante para dirigir o departamento.

Rorinaldo confirmou ao portal que não dirige mais o Detran, mas que continua no governo. Mais cedo, ele tinha divulgado uma nota nas redes sociais, redigida por seus advogados, onde dá alguns detalhes sobre a investigação do contrato firmado há mais de seis anos, na gestão anterior.

“Tão logo constatada a existência de indícios de irregularidades, foi determinada, de maneira incontinente, a instauração de sindicância investigativa para a cabal apuração dos fatos, medida esta que culminou na pronta exoneração de todos os agentes públicos supostamente envolvidos”.

Contrato de manutenção já tinha sido encerrado por irregularidades. Foto: Arquivo

Rorinaldo afirma que está entre os investigados por uma questão natural, já que vinha chefiando o órgão.

“Esclarecemos que a nossa figuração no polo investigado se deve, estritamente, à natureza do cargo diretivo então ocupado e à indeclinável condição de ordenador de despesas, procedimento este que se configura como praxe processual em apurações desta magnitude e natureza”.

“Reafirmamos nosso intransigente repúdio a toda e qualquer prática que atente contra os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, os quais regem a Administração Pública. Colocamo-nos, outrossim, à inteira e irrestrita disposição do Ministério Público para a elucidação de quaisquer pontos que se façam necessários ao deslinde da questão”.

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