Por OLHO DE BOTO
Condenada por um dos crimes de grande repercussão da história policial do Amapá, Edilene da Silva Trindade, de 45 anos, voltou a ser presa presa nesta quarta-feira (7) pela Polícia Civil.
Ela foi localizada no Bairro Hospitalidade, em Santana, a 17 km de Macapá, e será encaminhada ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). O mandado de prisão foi cumprido pela Polícia Civil do Amapá, por meio da 8ª Delegacia de Polícia de Macapá.

Mario Ivo foi assassinado em casa, com várias facadas
Edilene foi julgada e condenada por tramar e facilitar a morte do seu sogro, Mário Ivo Sampaio, junto com o seu amante à época, segundo polícia
O homicídio aconteceu em janeiro de 2014, na residência da vítima, no bairro Infraero I, na zona norte de Macapá. Mas o corpo da vítima foi desovado na zona rural do município de Mazagão, a cerca de 60 km da capital.

Edilene foi levada para o Ciosp da zona norte. Foto: Olho de Boto
Segundo a investigação, Edilene entregou a chave da casa para o amante, que invadiu o local e desferiu várias facadas em Mário Ivo. Após o crime, o corpo foi ocultado com a ajuda de um terceiro envolvido, sendo abandonado na estrada de acesso ao Mazagão Velho.
De acordo com a polícia, Edilene mantinha um relacionamento com um dos filhos da vítima. Mário Ivo, no entanto, sabia dos casos extraconjugais da nora e passou a confrontá-la. Isso teria motivado o assassinato.
“Apurou-se que a condenada convivia com um filho da vítima, e esta (a vítima) tinha conhecimento de que a infratora tinha relacionamentos amorosos extraconjugais. Passou a ser cobrada e se sentia incomodada com isso, foi quando decidiu, juntamente com seu amante, ceifar a vida do sogro”, afirmou o delegado Alan Moutinho, responsável pelo cumprimento da prisão.

Edliene, quando foi presa pela primeira vez em 2016. Estava de malas prontas para deixar o estado. Foto: Arquivo/SN
O caso ganhou grande repercussão à época, não apenas pela brutalidade do crime, mas também porque um dos filhos de Mário Ivo – cunhado de Edilene à época – é um empresário bastante conhecido em Macapá, dono de uma tradicional loja de acessórios automotivos da cidade.
Pela morte de Mario Ivo, Edilene foi condenada a mais 16 anos de prisão, pena que começou a cumprir em 2016. Ela estava em prisão domiciliar desde 2022. Agora a Justiça decidiu que ela deve retornar e cumprir mais 8 anos e 1 mês em regime fechado.