Da REDAÇÃO
A Assembleia Legislativa do Amapá realizou uma sessão solene em homenagem ao Dia do Advogado e da Advogada. Na ocasião, a família Bordalo, representada por Cícero Bordalo Júnior, foi oficialmente reconhecida por sua trajetória exemplar de 70 anos de atuação no Estado.
A história da família Bordalo na advocacia amapaense tem origem em 1957, quando Cícero Borges Bordalo — formado em Direito em Belém em 1955 — chegou a Macapá para assumir funções no então Território Federal. Por influência política, abriria o primeiro escritório significante de advocacia na capital, inaugurado em frente à Casa Leão do Norte, ao lado do antigo Fórum e atual sede da OAB-AP.
Durante a ditadura militar, entre 1964 e 1976, Cícero Bordalo destacou-se como o principal defensor de presos políticos, especialmente aqueles encarcerados na Fortaleza de São José. Em um dos casos mais emblemáticos, defendeu José Barbosa Brito — o “Aracati” — em um júri que foi, nas palavras do próprio advogado, “o trampolim da minha carreira e glória profissional”.
Engajado politicamente, filiou-se ao PTB e atuou na fundação da seção da OAB em Macapá, sendo conselheiro federal nos primeiros anos do Estado Reconhecido pela retórica apurada e pela vasta biblioteca especializada em Filosofia e Ciência Jurídica, tornou-se referência em criminalística e Tribunal do Júri.

Filho, neto e outros famiiares influenciados pelo pioneiro (centro)
Família unida por justiça
Há 70 anos no exercício da advocacia, a família completou este marco graças ao empenho de várias gerações. Cícero Bordalo Júnior segue os passos do pai, assim como Fabíola, Carla Patrícia, Charles, Paulo de Tarso e os netos Cícero Bordalo Neto e Lucas Bordalo, todos inspirados pelo pioneiro . O escritório, singular por sua história e tradição, permanece um símbolo de defesa cidadã e excelência profissional no Amapá.
A homenagem da Assembleia Legislativa não apenas celebra uma carreira, mas reconhece um legado de coragem, comprometimento e justiça que atravessa décadas.