Universitária teve nudes vendidos em perfil falso; autor é indiciado

Crime foi investigado pela 9ª Delegacia de Polícia Civil do Amapá. Suspeito foi identificado como paulista de 22 anos.
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Da REDAÇÃO

Uma estudante universitária de 19 anos, moradora de Macapá, teve fotos e vídeos íntimos expostos em um perfil falso criado em seu nome em uma rede social. O material era ofertado e vendido a terceiros sem o consentimento da jovem, que tomou conhecimento da situação após ser alertada por um dos compradores, residente fora do Estado.

As investigações apontaram que o responsável pelo crime é um homem de 22 anos, residente em São Paulo, que foi indiciado pelos crimes de divulgação de nudez (artigo 218-C do Código Penal) e falsidade ideológica (artigo 299). Segundo a Polícia Civil, o investigado teria obtido de forma indevida os conteúdos íntimos da vítima, criado o perfil falso e comercializado o material. o nome dele não foi divulgado pelas autoridades.

Durante o inquérito, conduzido pela 9ª Delegacia da Capital, foram utilizadas estratégias específicas para crimes eletrônicos. A apuração confirmou a autoria do investigado, bem como a existência de negociações entre ele e terceiros interessados no material. O perfil falso acabou sendo derrubado pela própria plataforma após solicitação da polícia.

Delegado Nixon Kennedy comandou toda a investigação e identificou o suspeito: “Esse crime atinge a vida privada, a intimidade e a dignidade sexual da vítima”. Foto: Olho de Boto

O delegado Nixon Kenedy, titular da 9ª DP, explicou que a legislação pune severamente esse tipo de conduta. “Responde pelo crime de exposição de nudez todo aquele que oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio, fotografia ou vídeo de cena de sexo ou nudez sem a autorização da vítima”, disse.

“Esse crime atinge a vida privada, a intimidade e a dignidade sexual da vítima, aspectos da vida íntima que as pessoas escolhem não divulgar. São direitos fundamentais, e a norma penal sanciona pesadamente as intrusões desautorizadas.”

O caso segue agora para a Justiça, que dará prosseguimento à responsabilização criminal do acusado.

Seles Nafes
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