OLHO DE BOTO
A Polícia Civil do Amapá investiga a procedência de um áudio divulgado após a morte de Keila Tatiane Chaves, de 29 anos. Ela foi alvejada com um tiro na cabeça na última terça-feira (14), no Bairro Pacoval, zona leste de Macapá. Ela trabalhava como servente na escola Antônio Munhoz, no Conjunto Macapaba.
De acordo com a gravação, havia ordem para matar a vítima. Ouça:
Porém, o delegado Ronaldo Coelho, responsável pelo caso, disse que o áudio começou a circular após o homicídio. O delegado disse também que não se sabe realmente se o motoqueiro, de identidade não informada, que estava com Keila Tatiane era realmente seu namorado, pois a família da vítima disse não o conhecer.
Por outro lado, as informações de que pelo menos um dos alvos do atentado era o motoqueiro e que ele é foragido do Iapen, são procedentes. Ele se chama Geovan Rocha Rodrigues, que teria saído da penitenciária para um serviço de capina e não retornou à instituição prisional. Ele estava no regime semiaberto.
“Estamos investigando até que ponto ela [Keila] pode estar envolvida. Foi identificada pela polícia, ligação estreita com internos do Iapen [do motoqueiro]. Há relacionamento entre essas pessoas e queremos identificar”, disse o delegado.
Outras informações, repassadas por uma adolescente apreendida no dia do crime, também estão sendo avaliadas como possivelmente falsas. A menor chegou a dizer que teria sido responsável por armar a emboscada para que Keila Tatiane e o homem que a acompanhava fossem mortos.
O caso
Keila Tatiane foi morta no fim da tarde de terça-feira, na Avenida Ceará, no Pacoval, com um tiro na cabeça quando retornava de entregar um bolo junto com o suposto namorado. Os dois estavam em uma moto quando foram surpreendidos por um atirador.
O motoqueiro conseguiu fugir, enquanto a mulher não resistiu ao ferimento e, apesar de ter recebido atendimento do CBM e do Samu, foi a óbito no local.
Uma adolescente, que depois disse ter armado a cilada, foi apreendida quando tentava fugir em um táxi. A infratora disse à polícia que o verdadeiro alvo era o motoqueiro, que havia acabado de sair do Iapen e que ele teria se envolvido com a mulher de um traficante.
O caso segue sob investigação da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil. O delegado Ronaldo Coelho pede que qualquer informação seja repassado para o disque denúncia no número 9 9170 4302. O serviço funciona também por Whatsapp e a identidade do denunciante não será revelada
Foto de capa: Olho de Boto