RODRIGO INDINHO
Familiares e amigos da jovem Tieli Alves Medeiros, de 25 anos, fizeram um protesto durante o sepultamento da estudante na tarde de domingo (28), no cemitério de Santana. Tieli e o namorado, o lutador de MMA do UFC Raulian Paiva Frazão, de 22 anos, foram atropelados no último dia 21 por um carro após um desentendimento em uma casa noturna.
A morte da jovem causou grande comoção no município de Santana, distante 17 quilômetros de Macapá.
Com cartazes, várias pessoas pediam justiça, visando chamar a atenção de autoridades para que os acusados continuem presos e respondam pela ação criminosa. Várias homenagens foram feitas sob lágrimas, dor e indignação.
“Estamos solidários com a família porque esse ato criminoso não pode ficar assim, uma jovem tão linda e cheia de sonhos que perdeu a vida assim, de forma brutal. Então, queremos justiça”, disse a amiga da família Márcia Batista.
O portal SelesNafes.com conversou por telefone com Tiego Alves Medeiros, de 28 anos, irmão de Tieli, que informou que a família está completamente abalada.
“Morávamos juntos, brevemente ia começar a estudar novamente. Foi uma parte de mim que se foi, sei que nada trará a vida dela novamente, então clamamos por justiça”, disse Tiego.
Tieli Alves Medeiros, que estava internada em estado gravíssimo no Hospital Estadual de Santana, desde a madrugada do dia 21, quando foi atropelada, morreu na manhã de sábado 27.
O caso
Tieli estava na garupa da moto do namorado, saindo de uma casa noturna, após um desentendimento entre Raulian e os dois homens que atropelaram o casal.
Na versão do namorado, um dos homens assediou Tieli, e, a partir daí, começou um bate-boca que terminou com o casal sendo arrastado pelo carro dos agressores.
O motorista do carro, Jhony Souza Amoras, de 31 anos, e o cabeleireiro Elber Nunes Zacheu, de 28 anos, que estava no carro com ele, tiveram a prisão preventiva decretada em audiência de custódia. Eles foram levados na segunda-feira (21) para o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).
A defesa do professor, que ingressou com um pedido de habeas corpus, diz que não houve intenção de atropelar, apesar de a moto do casal ter sido arrastada por vários metros. O carro do professor foi incendiado.
O desembargador Agostino Silvério, do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), negou o habeas corpus e os dois continuam presos no Iapen.
Raulian sofreu ferimentos nas pernas, e foi liberado no mesmo dia do ocorrido.
Foto de capa: enviada pela família