SELES NAFES
Quem mora no município de Santana já deve ter visto vários jovens pedindo doações nos cruzamentos e semáforos da cidade, que fica a 17 quilômetros de Macapá. Não é golpe. São estudantes que poderiam estar gastando o tempo de outra forma, mas que se aproximaram por uma boa causa: proporcionar um fim de ano diferente para famílias pobres.
A campanha “facaumacriancasorrir” está no Instagram, e lá é possível saber como contribuir. A ideia nasceu a partir de uma enquete produzida por um internauta que rapidamente ganhou adesões e se transformou num esforço coletivo.
Já são mais de 300 voluntários, que agora estão organizados num grupo de WhatsApp. Cada um tem uma função diferente na mobilização. Enquanto uns ajudam a arrecadar, outros trabalham na mobilização, redes sociais e na organização das doações. O grupo se reúne frequentemente para decidir as próximas ações.
O objetivo é fazer com que o Natal de muitas famílias seja diferente, e não apenas para as crianças.
“Queremos também que as famílias tenham uma ceia. Sabemos que enquanto estamos com as nossas famílias no Natal, algumas não têm nem o que comer. Por isso queremos proporcionar um fim de ano diferente”, justifica a estudante Eduarda Rosário Vieira, que faz parte da coordenação do movimento.
Eduarda Rosário: Natal diferente. Fotos: Seles Nafes
Já há duas programações: no dia 15 de dezembro, em Santana, haverá uma tarde de lazer para as crianças, com atendimento odontológico, corte de cabelo e muitas brincadeiras com o palhaço “Tio Nescau”, além de um delicioso lanche e distribuição de pipoca.
No dia 22, em Macapá e Santana, duas comunidades muito carentes, que ainda serão escolhidas, irão receber os presentes e cestas de alimentos das mãos de voluntários e do próprio Papai-Noel.
Parte da comissão que divulga a campanha
Cada jovem tem um papel diferente na campanha
Pedágios
Enquanto isso, mais de 100 pessoas continuarão nos pedágios de cruzamentos e semáforos. Essa mobilização nos semáforos também ocorrerá em Macapá. Em Santana, os voluntários chegaram a ganhar um reforço inusitado.
“Uma delegada de polícia viu o nosso esforço e se juntou a nós para pedir colaboração dos motoristas”, lembra Eduarda.