SELES NAFES
A Polícia Civil do Amapá investiga um empresário do ramo comercial acusado de matar um homem que lhe devia dinheiro, e de encomendar a morte da principal testemunha do homicídio. Geandro de Freitas Barros, o “Roma”, que teve a prisão decretada, foi preso também em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
O primeiro homicídio ocorreu no dia 29 de setembro. Kevin Patrick Nascimento Rodrigues, de 20 anos, o “Maniçoba”, foi morto com vários tiros de pistola 380, na Avenida Remo Amoras, no Bairro do Muca, zona sul de Macapá. O crime teria sido presenciado por várias pessoas que apontaram o empresário como autor disparos.
A Polícia Civil representou pelo pedido de prisão preventiva. Ontem, no início da noite, no momento da abordagem, os policiais encontraram com o empresário uma pistola 380. O armamento estava na cintura do acusado e carregada com 15 projeteis.
“Possivelmente é a arma usada na morte do Kevin. Misteriosamente a principal testemunha do crime, irmão do Kevin, o Natan, foi executada um mês depois no Marabaixo III. Há uma linha de investigação de que ele (Roma) teria sido o mandante. Isso ainda está sendo investigado, mas o empresário teria oferecido uma recomenda de R$ 10 mil para quem o matasse”, comentou o delegado Wellington Ferraz, que conduz as investigações.
O motivo do primeiro homicídio seria uma dívida que a vítima tinha com o empresário. Ainda não se sabe a origem do débito. Roma ficou em silêncio durante a maior parte do depoimento após a prisão.
“Disse apenas que possui essa arma há mais de 2 anos, só que a essa pistola está registrada em nome de um agente penitenciário que não fez nenhum registro de extravio do armamento. Ele será chamado para depor”, revelou o delegado.
Já com a prisão preventiva decretada pela acusação de envolvimento no homicídio, Roma foi encaminhado para audiência de custódia em função da prisão em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.