OLHO DE BOTO
Um homem suspeito de pertencer a uma facção, que vem provocando uma série de crimes em Macapá, morreu na noite desta terça-feira (15), por volta de 22h, durante troca de tiros com o Grupo de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro) do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
O fato ocorreu quando a Polícia Militar chegava para deflagrar o segundo dia da Operação Saturação, no Conjunto Residencial Macapaba, na zona norte da capital.
Segundo o tenente Jonas, oficial do Bope, ao avistar a polícia, Luis Fernando Souza Favacho dos Anjos, de 20 anos, o “Pica-pau”, armado com uma pistola calibre ponto 40, correu e tentou se esconder em um apartamento do residencial. Porém, foi cercado pela polícia.
Os militares tentaram abordá-lo, mas foram recebidos a tiros. A agressão foi revidada e, no confronto, Pica-pau foi ferido. Uma equipe do CBM chegou a ser acionada para atender o infrator, mas ele não resistiu aos ferimentos por arma de fogo. Além da pistola, com ele a polícia encontrou 8 porções de maconha.
De acordo com o tenente, apesar da pouca idade, o criminoso tinha passagem pela policia desde quando era menor por vários crimes, como tráfico de drogas, roubo e furto.
Envolvido no rapto de criança
Pica-pau teria sido também um dos responsáveis por um caso de cárcere privado, no dia 3 de janeiro deste ano, no Macapaba II. Nesse caso, ele e outros comparsas teriam raptado uma menina de 12 anos e a drogado. A vítima foi localizada 48 horas depois de ter desaparecido e o bando preso.
Disputa do crime
Sobre a escalada de violência recente no residencial, o tenente Jonas confirma uma disputa entre facções criminosas.
“Há um confronto entre grupos criminosos que tem resultado inclusive em homicídios”, ressaltou o policial.
A Operação Saturação da PM em conjuntos habitacionais da capital continuará nos próximos dias.
“A maioria da população nesses residenciais são pessoas de bem que acabam sendo subjugadas por um pequeno grupo que insiste no cometimento de delitos”, finalizou o militar que pediu apoio da comunidade no trabalho da polícia de combate à criminalidade.
Foto de capa: Olho de Boto/SN