OLHO DE BOTO
A família do taxista Gil Conceição Manoel da Silva, de 48 anos, assassinado no dia 21 de outubro do ano passado, fez um novo protesto, pacífico, durante a transferência do acusado do crime para o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), no final da manhã deste sábado (19).
O crime aconteceu durante uma emboscada em um motel, localizado na Rodovia Duca Serra, na região oeste de Macapá.
Foi a segunda manifestação pública da família sobre o caso. Muitos parentes estavam presentes no protesto, clamando por justiça e pedindo a condenação do acusado, Leunildo Câmara Pantoja, de 29 anos, que foi preso na quinta-feira (17), no interior do Estado do Pará.
Wagner Correa, sobrinho da vítima, falou da agonia da família em busca de justiça para a morte do taxista.
“A família nem conseguia descansar, à espera de Justiça. Vamos contratar um advogado particular para acompanhar o caso. Torcemos por uma condenação exemplar, a pena máxima pela crueldade do que ele fez”
Segundo o delegado César Ávila, o acusado permaneceu calado em depoimento formal. Contudo, segundo o apurado pela polícia, a motivação foi fútil.
“Ele [Leunildo] se reservou ao direito de só falar em juízo. Mas, as investigações apontam que ele e a vítima teriam uma desavença sobre a venda do taxi. O acusado queria comprar por um valor abaixo do que o dono queria vender, o que é um motivo banal”, completou o delegado.
A esposa do taxista este no protesto. Ela conversou, informalmente, com o delegado Ávila. Estava visivelmente emocionada.
“O que nos revolta é que o meu marido tinha confiança nele, as portas da minha casa eram abertas para ele. E ele se aproveitou desta confiança para matar meu marido com extrema crueldade”, lamentou a viúva.
Fotos: Olho de Boto/SN