INFORMATIVO PUBLICITÁRIO, por SELES NAFES
Alimentos, peso corporal e até a posição de dormir podem estar diretamente associados a um problema para lá de desconfortável: a doença do refluxo gastroesofágico.
Em Macapá, a Med Diagnósticos inaugurou um exame que fornece dados com precisão para que o médico identifique a causa da doença e prescreva os melhores tratamentos, que vão desde o uso de medicamentos à intervenção cirúrgica.
A phmetria é um exame simples, que usa uma sonda para repassar as informações a um pequeno computador que o paciente carrega na cintura por 24 horas, como se fosse um monitoramento do coração.
O Portal SN conversou com o cirurgião-geral Bruno Ribeiro, especializado em endoscopia digestiva, e que conduz o exame na Med Diagnósticos.
Em que situação é necessário fazer o exame de phmetria?
Geralmente, no primeiro momento, o médico lança um tratamento empírico. O paciente tem refluxo e começa a fazer um tratamento medicamentoso. Após um período o paciente tem melhora do quadro, e o médico solicita a phmetria para analisar melhor o conteúdo ácido no esôfago do paciente, para saber se é constante e a que altura pode chegar esse refluxo. São analisados os períodos em que ocorrem os refluxos, se é mais à noite, ao longo do dia. Existem períodos considerados fisiológicos. Quando nos alimentamos temos refluxos, mas são quase imperceptíveis. Passa a ser patológico quando os episódios extrapolam a quantidade e passam a gerar complicações para o paciente.
Que complicações?
Rouquidão, aftas e até otites (inflamação no ouvido). O paciente pensa até que são problemas ligados a esses lugares, mas podem ter a ver com esses episódios de refluxo, onde o ácido cai nas cordas vocais.
Os refluxos podem causar problemas no ouvido?
Sim. A gente tem uma abertura no ouvido interno para a cavidade oral, para gente regularizar a pressão intra-auricular. A gente sente isso quando está no avião. A gente consegue regularizar aquele incômodo (da altitude) dando uma mastigada.
Quais são as consequências de não tratar corretamente os refluxos?
As lesões esofágicas. São feridas, que a gente chama de esofagite, uma doença que é classificada em várias escalas (científicas) de gravidade pela quantidade ou extensão delas no esôfago.
É verdade que o refluxo pode causar câncer na garganta?
Não. O câncer de esôfago é mais ligado ao tabagismo. Bebidas muito quentes também podem causar, e isso ocorre muito nos países do Mediterrâneo, onde existe essa cultura de consumir bebidas muito quentes.
Quais são as causas do refluxo?
A gente tem um músculo, o esfíncter, que fica na parte final do esôfago para evitar que o ácido suba. Quando esse músculo fica flácido isso facilita ao longo do dia vários episódios.
O que causa essa flacidez?
Ainda não tem uma explicação (…) Não chega a ser uma má formação. Isso se desenvolve ao longo da vida. Pode ser causado pelo sobrepeso, aumento da pressão abdominal. Até se a pessoa usa roupas muito apertadas.
Como é feita a phmetria?
Introduzimos uma sonda do diâmetro de um macarrãozinho pelo nariz do paciente que ficará acordado durante todo o procedimento. Ele fica sentado, é orientado sobre o que vai acontecer. É feita uma pequena anestesia tópica no nariz. A sonda passa por trás da cavidade oral, e o pessoa deglute essa sonda. A gente vai pedindo para ele engolir.
O que faz a sonda no esôfago?
Ela envia informações para um computador que fica na cintura do paciente como se fosse um holter (aparelho que monitoramento cardíaco). O paciente vai para casa para se alimentar normalmente, dormir, e o aparelho vai estar registrando durante 24 horas todos os episódios em que o ph ficar ácido. Ele vai registrar quando paciente come e deita pra dormir, quando tomou um copo de água, quando tomou café da manhã, e outras informações.
O que essas informações vão indicar?
Qual é a principal causa do refluxo do paciente, quais os principais momentos em que ocorrem os episódios.
Qual a causa do refluxo noturno?
Pode ter várias causas. A mais comum é fisiológica, que é quando o paciente estará deitado, e isso facilita. As vezes dormir com a cabeceira um pouco mais elevada ajuda nesses casos.
Quais as soluções?
Vão da posição na cama a medicamentos que regulam a acidez.
Tem como normalizar então?
Sim, mas além dos medicamentos é necessário ter uma orientação nutricional. Não adianta estar investindo em medicamentos, exames se ao mesmo tempo está ingerindo muita farinha, alimentação industrializada, muitos refrigerantes, alimentos condimentados…
O açaí pode fazer mal à noite?
O açaí é líquido, então a gente considera 3 horas para sair do estômago para o intestino e não dá tempo de ocorrer o refluxo, mas se coloca muita farinha o alimento vai ficar sólido, de difícil digestão, e provavelmente o alimento vai ficar ali a noite toda. O paciente vai passar a noite inteira com a acidez alta para fazer com que o alimento fique mais líquido para ir ao intestino.
Existem grupos onde o refluxo é mais comum?
Em crianças é normal para a idade, mas algumas patologias podem prolongar isso. Pessoas obesas, ou com sobrepeso moderado, e com hérnia de hiato são propensas.
O tratamento dura quanto tempo?
Depende do caso. Se a causa é uma hérnia vamos indicar a cirurgia. O cirurgião vai fazer uma válvula antirefluxo. Em outros casos há o uso de antiácidos por até 60 dias, tratamento medicamento e também medidas comportamentais.
Serviço: Exame de Phmetria
Local: Med Diagnósticos, Avenida Cora de Carvalho, 1000, Centro
Agendamentos: 3225-3144