Por OLHO DE BOTO
Um homem identificado como Felipe de Souza de Andrade, de 25 anos, foi morto a tiros, na noite desta quarta-feira (13). A Polícia Militar do Amapá fala em confronto de grupos rivais, enquanto moradores temem represálias se ajudarem com informações.
O homicídio aconteceu por volta das 21h, na Baixada do Ambrósio, Área Portuária de Santana, cidade a 17 km de Macapá.
A vítima foi encontrada por moradores agonizando com vários ferimentos pelo corpo, debaixo da 1ª Passarela da 30 de Novembro. O corpo foi retirado do lago e colocado na entrada de uma casa.
No local prevalece a “lei do silêncio”. Nenhum morador quis falar sobre o assunto, muito menos sobre nomes de criminosos. Segundo relatos da assessoria de comunicação do 4º Batalhão da PM, o crime ocorreu durante um encontro de dois grupos rivais. Na troca de tiros, Felipe foi atingido e caiu no lago.
“População informou que os dois grupos (armados) se enfrentaram. Quando nós chegamos a população já tinha tirado ele da água praticamente já sem vida. (…) Pode ter sido confronto de facções ou grupos ligados ao tráfico, ainda não sabemos”, comentou o tenente Gadelha, da Comunicação do 4º BPM.
PM na porta da casa onde o corpo foi deixado por moradores. Fotos: Olho de Boto
Baixada do Ambrósio é a comunidade mais violenta de Santana
Vítima morreu no local com vários tiros
Segundo a polícia, a vítima era usuário de drogas e tinha várias passagens por delegacias pelos crimes de roubo e furto.
A PM diz que os grupos estão relacionados contra o tráfico de drogas na região, e que a vítima já tinha sido vítima de uma outra tentativa de homicídio.
Militares do 4º Batalhão da Polícia Militar fizeram incursões pela região, no entanto, ninguém foi preso. O caso é investigado pela 1ª DP do município de Santana.
Apesar do medo da comunidade com represálias do tráfico, a polícia pede denúncias anônimas pelo 190 ou 99108 3419, WhatsApp do Batalhão. O Ambrósio continua sendo a comunidade mais violenta de Santana, especialmente pelo domínio de traficantes. Equipes de reportagem são aconselhadas a entrar na comunidade apenas se estiverem acompanhadas por policiais.