O diretor de Aeroportos da Infraero, Marçal Gomes, confirmou para o próximo dia 14 a abertura das propostas das empresas que concorrem na licitação da obra de conclusão do novo aeroporto de Macapá. A informação foi dada durante a solenidade que selou o acordo entre o governo do Estado e a Secretaria de Aviação Civil sobre as terras por onde vai passar a terceira etapa da Rodovia Norte/Sul. O novo terminal de passageiros deverá ficar pronto em fevereiro de 2016, mas todas as obras do complexo aeroportuário ainda irão demorar cerca de 2,5 anos.
A obra está praticamente paralisada desde 2004, quando o Tribunal de Contas da União (TCU) descobriu o superfaturamento da obra. Empresários e funcionários públicos foram presos na época e a obra ficou paralisada desde então. No ano passado, a Infraero reformou o atual terminal de passageiros para tentar reduzir o desconforto. Módulos de embarque e desembarque foram instalados estão funcionando muito bem, mas são provisórios. Em junho, um curto circuito no saguão principal do aeroporto por pouco não causou um grave incêndio. O prédio do terminal chegou a ficar sem energia por algumas horas.
A Infraero agora faz uma licitação no sistema RDC, que permite a economia de recursos na medida em que outros serviços necessários são incluídos ao objeto principal da concorrência. “Assim também se economiza algumas fases, e acontecendo isso poderemos começar a obra até janeiro”, informou o diretor.
Ainda não é possível saber quanto empresas estarão concorrendo, porque ainda há prazo para a inclusão de novas propostas. Mas a Infraero trabalha com uma estimativa entre R$ 100 e R$ 150 milhões. Quem apresentar a menor proposta ganha o contrato.
O diretor explicou que as obras não poderiam ser retomadas porque havia a necessidade de concluir o processo de investigação dentro do TCU. “Verificações, apurações de responsabilidade, enfim, não poderíamos retornar com a obra por causa dessas pendências. Com o órgão de controle satisfeito agora poderemos recomeçar a obra”, garantiu, alegando não saber informar o que ocorreu com os responsáveis pela fraude na primeira fase da obra.