Por SELES NAFES
O desembargador Rommel Araújo, do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), determinou o bloqueio de R$ 1,2 milhão nas contas do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Estado (Sinsepeap), entidade que comanda a greve dos professores. Na próxima segunda-feira (10), a categoria decidirá se continuará de braços cruzados.
A paralisação começou no dia 15 de maio, quando os professores aderiram a um movimento nacional. No entanto, no dia 17, eles decidiram transformar a paralisação em greve de duas semanas a partir do dia 20.
Os professores alegam perdas salariais nos últimos anos e falta de diálogo específico entre a categoria e o governo. O governo diz que tem conversado com os sindicalistas, por isso, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) ingressou com a ação arguindo a ilegalidade da greve.
No dia 24 de maio, o desembargador concedeu a liminar suspendendo o movimento, mas a greve continuou após decisão da categoria no dia 27.
Ontem (7), Rommel Araújo considerou que a desobediência à liminar é um grave desrespeito às estruturas do Poder Judiciário.
“Contra as ilegalidades ou os excessos eventualmente existentes nas medidas judiciais, há os meios próprios e adequados de impugnação, nunca o puro e simples desrespeito”, resumiu.
“É fato o direito de greve ser fundamental na busca de melhorias das condições remuneratórias e de trabalho. Não menos importante, também é direito do empregador ter respeitado a maneira como se dará o exercício do
movimento grevista. Sem se falar, ainda, no direito daqueles que dependem dos serviços prestados pelos profissionais que optaram pela paralisação”, acrescentou.
Ouvido pelo Portal SelesNafes.Com, o diretor do Sinsepeap, Kelson Luís Cardoso, disse que o movimento continuará, e que a entidade irá recorrer da decisão.
No entanto, ele anunciou que a categoria irá reavaliar a situação em assembleia extraordinária marcada para a próxima segunda-feira (10), às 9h, em local ainda a ser definido.
“É quando terminam os 15 dias de greve decididos na última assembleia. Hoje (sábado) teremos um Agenda do Servidor junto com outros sindicatos, mas continuamos a reivindicar uma agenda específica com a categoria”, explicou.