Da REDAÇÃO
A Coordenação Regional da Fundação Nacional do Índio no Amapá confirmou, nesta segunda-feira (29), que a Polícia Federal (PF) não encontrou indícios da presença garimpeiros nas terras Waiãpi, no Parque Montanhas do Tumucumaque Amapá, onde se especulou que a morte de um cacique era decorrente de um possível conflito entre indígenas e exploradores de ouro.
Por se tratar de um local de difícil acesso, a Funai alertou os órgãos de segurança pública da área para se certificar da veracidade das informações. No domingo (28), após a chegada de servidores da Fundação, da Polícia Federal e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Amapá, foi aberto inquérito pela PF para apuração da causa da morte do cacique Emyra Waiãpi.
Aldeias ficam em reserva ambiental do Tumucumaque, no Amapá. Fotos Luan Silva
A liderança indígena morreu na semana passada. O último relatório da equipe da PF em campo, registrado por volta de 23h de domingo, afirmou “não haver nenhum indício, até o momento, da presença de grupo (s) armado (s) no local”. De acordo com o relatório, será feito um relatório detalhado, contendo até os pontos georreferenciados.
O local onde teria ocorrido o óbito faz parte do município de Pedra Branca do Amapari, a 190 km de Macapá. A prefeita da cidade, Beth Pelaes, corroborou com a divulgação da Funai sobre a presença de invasores nas terras indígenas.
Segundo elas, no retorno das buscas, pela noite, os policiais informaram que não haviam encontrado ninguém nem resquícios da presença recente de pessoas no local indicado pelos índios.
“Segundo a PF, os relatos dão conta de que o número de 50 invasores caiu para 12, depois para 4. Os policiais informaram que as investigações sobre as circunstâncias que envolveram a morte do cacique e sobre o relato da presença de garimpeiros continuarão e, ainda hoje [segunda-feira (29)], novas buscas ficaram de ser realizadas, desta vez por via aérea. Vamos ficar à espera do relatório conclusivo da PF”, resumiu a prefeita.
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