Pela 2ª vez, STF manda Moisés voltar à presidência da Assembleia

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O deputado Moisés Souza, diplomado para mais 4 anos de mandato, está volta à presidência da Assembleia Legislativa e, de novo, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A liminar foi concedida pelo ministro Ricardo Lewandowski (presidente do Supremo), na quinta-feira, 18.

O afastamento ocorreu no início do mês por decisão do desembargador Carlos Tork atendendo a um pedido do Ministério Público do Estado depois que os deputados mudaram as regras da eleição no MPE. O pedido argumentava que Moisés representava “ameaça à atividade do Parket”, ou seja, do Minisério Público.

Em novembro, os parlamentares aprovaram emenda constitucional que proibia a participação de promotores de Justiça do pleito para a escolha do novo procurador geral de Justiça. O MPE conseguiu decisão do ministro Luiz Fux, também do STF, e realizou o processo que acabou sendo vencido justamente por um promotor de Justiça, Roberto Álvares.

Candidatos ao cargo de procurador geral antes da escolha do vencedor

Candidatos ao cargo de procurador geral antes da escolha do vencedor

Moisés Souza vinha pedindo a suspensão da decisão do desembargador Carlos Tork sustentando que a emenda foi uma decisão coletiva, e não pessoal dele como presidente. “Apenas cumpriu o papel legal de conduzir os processos legislativos, pois a palavra final foi do plenário, ou seja, da maioria dos parlamentares da Casa”, diz uma nota emitida pela assessoria da Alap.

É a segunda vez que Lewandowsky determina o retorno de Moisés Souza. Em dezembro de 2013, o ministro entendeu que havia o chamado “Periculum in mora”, ou seja, o perigo da demora, que ameaçava alcançar o fim da atual legislatura. Moisés estava afastado a 1 um ano e meio da presidência, sem que acusações do MPE tivessem resultado em ações judiciais. “O que representaria uma clara antecipação dos efeitos de um eventual juízo condenatório”, sustentou o ministro.

Seles Nafes
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