Por SELES NAFES
A juíza Alaíde de Paula, da 4ª Vara Cível de Macapá, confirmou liminar e anulou em definitivo a interdição do bloco cirúrgico do Hospital da Unimed, em Macapá. A magistrada avaliou que a Vigilância em Saúde do Estado agiu em desacordo com a legislação.
A interdição ocorreu em agosto de 2018 a pedido do Ministério Público do Estado. À época, a alegação era de que o termo de ajustamento de conduta (TAC) assinado pela Federação das Unimeds da Amazônia (Fama), atual administradora do plano no Amapá, não estava sendo cumprido.
O acordo previa a reforma do hospital, que passou a ser gerenciado pela federação após a falência da Unimed Macapá. Contudo, a interdição acabou sendo suspensa por uma liminar a pedido da Fama.
Na decisão que confirmou a anulação da interdição, dada no fim de dezembro de 2019, a Fama voltou a alegar que a própria Vigilância em Saúde não tinha analisado o projeto arquitetônico enviado pela empresa para guiar a reforma acordada no TAC, apesar de reiterados pedidos.
Além disso, a Unimed não teria sido notificada.
“…(A interdição) não se encontra em sintonia com o disposto no artigo 5º da Constituição da República, que dispõe que “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerente”, comentou a juíza.
O Portal SelesNafes.Com aguarda um posicionamento da Vigilância em Saúde.
“Estávamos cumprindo os prazos, mas unilateralmente a Vigilância chegou lá e fez aquela ação. O TAC estava em curso e não estava sendo descumprido. Durante o decorrer do processo foi provado que a Unimed estava cumprindo todas as exigências, e que aquele ato era unilateral causando prejuízo para a imagem do hospital”, comentou o gerente da filial em Macapá, Dionéver Pereira.
Investimento
De acordo com Pereira, todas as exigências do acordo foram cumpridas, resultando na liberação de todos os alvarás.
“Foi refeita toda a parte de esterilização, novas mobílias, ambientes, novos equipamentos, novo arco cirúrgico e construímos um novo sistema de tratamento de esgoto exclusivo para o hospital, além de reavaliados todos os protocolos de atendimento do hospital”, acrescentou.
O Portal SN, que também noticiou a interdição em 2018, foi convidado para visitar o hospital, no bairro Jardim Marco Zero, na zona sul de Macapá, na última quarta-feira (2). Foram registrados todos os ambientes da unidade, entre eles nova a unidade semi-intensiva de tratamento.