Por OLHO DE BOTO
Um comerciante de Macapá perdeu R$ 5 mil em uma cilada virtual conhecida como golpe da moto clonada, aplicado na internet. Depois de descobrir que havia sido enganada, a vítima procurou a polícia.
O caso foi denunciado à Polícia Civil nesta sexta-feira (3). Dias antes, o comerciante, que pediu para não ser identificado, viu o anúncio de uma moto 125 cc, de cor preta, em um grupo de vendas no Facebook. Ele entrou em contato com o vendedor e agendou um encontro para efetivar a compra.
No dia seguinte, o vendedor foi até a casa do comerciante, localizada no bairro Brasil Novo, zona norte de Macapá, e levou a moto na carroceria de uma picape. A vítima pagou à vista: R$ 5 mil em espécie. Eles foram até o cartório e oficializaram a compra. Mas quando chegou na parte documental do veículo é que os problemas começaram.
“Ele me disse que morava em Laranjal do Jari [município a 270 km de Macapá] e que iria me entregar o DUT [Documento Único de Transferência] dois dias depois. Mas depois disso, ele sumiu. Não consegui contato mais e, aí, foi quando eu desconfiei que havia caído num golpe, que tinha comprado uma moto roubada”, lamentou o comerciante.
As motocicletas com as mesmas características foram apresentadas no Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do bairro Pacoval. Fotos: Olho de Boto/SN
Depois disso, ele começou a pesquisar sobre o veículo suspeito através da numeração da placa e descobriu que a moto era clonada. Localizou o dono da motocicleta verdadeira e, juntos, decidiram comunicar às autoridades.
Eles acionaram à Polícia Militar (PM), que apresentou as duas motocicletas com as mesmas características no Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do bairro Pacoval, em Macapá, nesta sexta-feira (3).
Além de perder o dinheiro, o comerciante lamentou que ainda poderá responder a processo na Justiça.
“Eu acabei comprando uma moto roubada, clonada. Posso até responder por esse crime agora. Mas ainda conto com a ajuda da polícia pra localizar esse bandido que me enganou”, indignou-se.