Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Em 5 de setembro de 1998, o governo do Estado inaugurava o Centro de Cultura Negra do Amapá, que imediatamente seria repassado para a gestão da União dos Negros do Amapá (UNA). Vinte e dois anos depois, entidades têm se unido para resgatar o lugar, num trabalho que precisou começar pelo mais básico: a limpeza. No entanto, o centro ainda está longe de ser o era.
O trabalho apenas iniciou. Os que estão arregaçando as mangas e colocando as mãos na massa precisam de ajuda. O matagal já foi vencido, e o prédio já recebeu a limpeza interna.
As últimas semanas foram de roçagem e lavagem dos blocos. Agora os organizadores querem fazer uma nova pintura e colocar grades de proteção. A cobertura dos prédios também é um problema, mas um passo de cada vez.
Notadamente as comunidades do Abacate da Pedreira, Mazagão Velho, Igarapé do Lago e a comunidade de matriz africana do Pai Salvino, junto com alguns sócios fundadores, têm levado os mutirões à frente e buscado contagiar o conjunto das comunidades pela recuperação do espaço.
Para as lavagens e retirada do lixo, a Prefeitura Municipal de Macapá (PMM) tem prestado apoio aos voluntários. Agora é o momento de um grande mutirão.
“Precisamos arrecadar tinta, pois estamos lavando todos os prédios e fizemos o levantamento e precisamos das tintas e também de materiais de grades, pra gente poder consertar os portões e fechar o centro, para que não seja alvo de vandalismo”, declarou Núbia Quilombola.
A ideia das pessoas e comunidades que estão à frente dos mutirões é que não adianta apenas cobrar do poder público ou ficar apontando culpados, o que mais importa é tentar fazer algo de imediato e tentar envolver o conjunto da sociedade.
Pensando desse jeito, eles conclamam e pedem ajuda de todos, cidadãos, empresários, comunidades e poder público, para que colaborem com a revitalização do espaço.
“Começamos com a roçagem Tem um grupo que está reestruturando espaço afro, cobrindo. E agora estamos nas lavagens. Assim que entrarem as doações de tintas, já vamos iniciar a pintura. É por isso que estamos pedindo a ajuda das pessoas, que queiram acreditar, e também de empresários”, solicitou Núbia.
A lista de pedidos iniciais é: 11 latões para piso cor cinza; 6 latões branco neve semibrilho; 6 latões vermelho semibrilho; 6 latões de marfim; 6 latões verde bandeira semibrilho; 3 latões de amarelo semibrilho; lixas e rolos; telhas brasilit.