Por RODRIGO ÍNDIO
Cânticos e lágrimas marcaram a despedida ao padre, professor e jornalista Aldenor Benjamim dos Santos, de 53 anos, falecido na noite da última sexta-feira (16). Por ser querido no meio religioso e também na comunidade acadêmica, uma multidão acompanhou os principais momentos no cortejo e sepultamento.
Desde o anúncio do falecimento, as homenagens começaram nas redes sociais. O corpo do padre foi velado desde às 08h da manhã na Igreja Nossa Senhora de Fátima, em Santana, município onde reside sua família. Lá, Padre Aldenor foi ordenado sacerdote.
Uma missa de corpo presente celebrada pelo Bispo Diocesano Dom Pedro José Conti ocorreu às 15h com a participação de centenas fiéis, amigos e familiares. Uma das palavras mais emocionantes da cerimônia foi a do amigo de décadas, padre Paulo Roberto Matias.
“Penso que o padre Aldenor deixa a vida para entrar na história pelo legado na comunicação e na vida social. Nós convivíamos há mais de 40 anos, e a amizade fortaleceu nas batalhas, nas dificuldades, nas lutas e nos limites da vida. O guardarei porque ele queria construir o mundo melhor”.
O cortejo com destino a Macapá saiu de Santana por volta das 16h. No meio do trajeto, a professora Angélica Almeida, de 48 anos, aguardava com uma rosa nas mãos e fez sua despedida solitária na beira da Rodovia JK.
“Essa flor representa tudo o que ele foi: generosidade, compaixão, evangelização. Uma pessoa que amava o próximo na sua maneira de ser, uma pessoa muito inteligente, mas muito simples. Muito obrigada Padre Aldenor, que Deus lhe abençoe e lhe guarde num bom lugar”, desejou.
Na Universidade Federal do Amapá (Unifap), professores e acadêmicos receberam o padre e professor Aldenor pela última vez no campus. Com aplausos, as homenagens foram em frente à TV e Rádio Universitária, onde o docente era diretor.
Cursando o 7° semestre de jornalismo, Monalice Nogueira, de 20 anos, conta que o professor ia além do ensino. Ela não conteve a emoção ao descrever o profissional.
“Foi muito mais que professor, foi um amigo. Nós que somos do curso de jornalismo fomos muito ajudados por ele, por exemplo, só temos a rádio porque ele ajudou a construir. Quando via um aluno triste, conversava e fazia rir. Então vai deixar lembranças muito boas”, lembrou chorando.
Quando os sinos tocaram, exatamente às 17h30, foi a vez da despedida em frente à igreja Nossa Senhora da Conceição, no Bairro do Trem, onde uma multidão aguardava o cortejo.
Por fim, o corpo de Padre Aldenor chegou ao cemitério Nossa Senhora da Conceição, onde foi sepultado por volta de 18h10.
Além de religioso, Aldenor Beijamim era doutor em Comunicação Social, mestre em Filosofia e Sociologia e tinha graduações em Pegadogia, Teologia, Filosofia e Direito.