Por SELES NAFES
Terceiro vereador mais votado na cidade de Oiapoque, na fronteira com a Guiana Francesa, o professor de educação física Marcelo Martins, de 37 anos, já tinha tentado se eleger vereador em outras duas campanhas, mas, com a população cada vez mais descrente dos políticos, a missão era para lá de complicada.
Desta vez, com um discurso diferente, de que pode ajudar o município a captar recursos federais, coisa que pouco parlamentar municipal se dispõe a fazer, Marcelo conseguiu 342 votos, o suficiente para representar a cidade no parlamento durante quatro anos pelo DEM.
O que mudou em relação às outras campanhas? Por que dessa vez deu certo?
O povo mudou
Como assim?
O povo no Oiapoque está criterioso, e muito carente de vereador que traga benefícios. Mas passei a ser visto como uma liderança articulada, especialmente com a bancada federal, sobretudo com os senadores Davi (DEM) e Lucas (PSD)
Qual contribuição você vai dar para Oiapoque?
Vou fazer o que o prefeito também deve fazer, que é ajudar a captar recursos para obras. O vereador tem o papel de criar leis e fiscalizar, mas onde eu chegava as pessoas diziam que iam votar em mim por causa da minha proximidade com a bancada
Como é essa relação?
Sou recebido por todos os deputados federais e senadores
Qual a prioridade a partir de fevereiro?
Pedir uma reunião com o prefeito para combinarmos quais serão as prioridades. Precisamos de escolas. Vão ser quatro anos assim, de articulação. Para mim, não tem isso de encostar a barriga na mesa e só receber.