Vereadores aprovam lei que reconhece direitos de pessoas ostomizadas

Ostomizados são pessoas que passaram por cirurgias de construção de caminhos externos para a eliminação de fezes e urina. Mais de 300 pessoas vivem nessa condição na capital
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Por SELES NAFES

A Câmara Municipal de Macapá aprovou, nesta terça-feira (18), projeto de lei que reconhece o direito de acessibilidade aos ostomizados, ou seja, pessoas que passaram por cirurgias para a construção de caminhos externos de eliminação de fezes ou urina. Mais de 300 pessoas vivem nessa condição em Macapá, segundo levantamento do autor da proposta, o vereador Claudiomar Rosa (Avante).

Os ostomizados ou estomizados normalmente possuem caminhos externos de eliminação como bolsas ou o prolongamento do intestino para fora do corpo. A ostomia mais conhecida é a bolsa de colostomia, que geralmente fica pendurada na linha da cintura do paciente. Para algumas pessoas, essa condição acaba sendo permanente, especialmente após cirurgias de câncer.

O texto aprovado prevê acessibilidade e prioridade nos banheiros de uso público, como em shoppings e restaurantes, por exemplo. Além disso, cada paciente terá uma carteirinha municipal de identificação.

“Durante a campanha eu recebi a Associação de Ostomizados e prometi que meu primeiro projeto de lei seria esse. Os ostomizados são muitos discriminados, e como a bolsa é externa eles se sentem isolados e com medo até de sentarem à mesa num restaurante”, ilustra o parlamentar.

“E essas bolsas são caras: a mais barata custa R$ 40 e só dura 2 ou 3 dias. A mais cara, que pode ser lavada, não sai por menos de R$ 100”, completou.

Vereador Claudiomar Roza é o autor do projeto de lei. Foto: Divulgação

De acordo com a Associação dos Ostomizados do Amapá, mais de 400 mil pessoas vivem nesta condição em todo o Brasil, e precisam lutar contra o preconceito.

“Esta é uma vitória de todos que sofremos com isso. Este PL tem um significado muito grande pra vida dos ostomizados de Macapá. Ela representa nossa acessibilidade e nossa dignidade”, comentou a presidente da entidade, Rosilete Maria Paes.

O projeto foi aprovado por unanimidade, mas para virar lei precisará da sanção do prefeito Dr Furlan (Cidadania).

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