Por OLHO DE BOTO
Um homem foi preso pela segunda vez e encaminhado à penitenciária do Amapá depois de ameaçar a ex-esposa e o atual companheiro dela, mais uma vez. Ele estava com a prisão preventiva decretada e foi cercado por agentes da Divisão de Capturas, no Bairro das Pedrinhas, zona sul de Macapá.
De acordo com o delegado Fábio Araújo, diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), Alzenir Furtado Ribeiro, de 29 anos, não aceitava a separação. Ele já havia sido preso em flagrante, porém, foi solto e voltou a atemorizar a vida a ex-companheira.
“A ex-esposa desse acusado, após o término entre eles, iniciou relacionamento afetivo com outro homem. Ele [Alzenir], então, ficou agressivo. No dia dos fatos, acompanhado de outros indivíduos, todos munidos de armas brancas, ele invadiu a casa dela ameaçando agredi-la e esfaquear o atual companheiro, dizendo que ela não ia ficar com ele. Causaram grande temor nela e no companheiro”, relatou o delegado.
Segundo o delegado, naquele mesmo dia, Alzenir acabou preso pela Polícia Militar e foi autuado em flagrante por crime de ameaça, na Delegacia de Crimes Contra a Mulher (DCCM), em Macapá.
No entanto, foi solto pela justiça na audiência de custódia sob condicionantes, entre as quais estava o cumprimento de medida protetiva – ele não poderia chegar perto da ex-companheira. Mas, menos de 24 horas depois depois de solto, voltou a casa da ex-esposa e, novamente, fez ameaças.
“Ele cometeu novos crimes no dia seguinte, tanto de violar a medida protetiva expedida em favor da mulher, como um novo crime de ameaça. Em razão desses fatos, a polícia pediu a prisão preventiva dele. A Justiça aceitou o pedido e hoje nós prendemos esse cidadão”, explicou o delegado Fábio.
Alzenir foi encaminhado ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), presídio da zona oeste de Macapá, ainda ontem.
“Esse caso é interessante porque dizem que quem comete crime de violência doméstica não é preso. Isso não é verdade. É preso, sim. E fica o recado: fiquem na linha, comportem-se, tentem trabalhar essa questão afetiva de uma outra forma que não seja com agressividade e ameaça, pois isso é crime e, se cometer, será preso”, assegurou Fábio Araújo.