Os primeiros exames feitos pela Polícia Técnica (Politec) no corpo de Thalisson Henrique Barros Teles, de 2,9 anos, que chegou em Macapá na última terça-feira, 31, para uma autópsia, não constataram a presença de veneno de escorpião e nem da picada do animal. Os pais do garoto denunciaram que ele teria morrido por negligência no atendimento no posto de saúde na comunidade da Mixiana, município de Chaves, interior do Pará.
O corpo da criança foi exumado a pedido da Promotoria de Chaves, que investiga a denúncia de negligência médica. O laudo da autópsia servirá de base no processo contra o médico Carlos Serra, que atende na localidade. O laudo definitivo só deve sair na próxima segunda-feira, 06, mas o resultado deve atestar morte por outros motivos. O corpo deve ser liberado até o próximo sábado.
Segundo os pais, Thalisson teria sido picado por um escorpião no sábado, 28. Com muitas dores, o menino foi levado para o posto de saúde de Chaves onde foi atendido por uma enfermeira. O garoto ficou em observação enquanto a enfermeira ligava para o médico que só apareceu no dia seguinte. Porém, a criança veio a óbito na manhã de domingo, 29.
Na segunda-feira, 30, depois de enterrar o filho, a família do menino registrou queixa contra o médico que teria negligenciado o atendimento. Por conta das provas apresentadas, a Justiça determinou a exumação do corpo da criança a pedido do Ministério Público do Pará. O menino chegou em Macapá de forma improvisada dentro de uma “cuba” térmica com pequenos pedaços de gelo.
Depois da autópsia o corpo do menino foi liberado, mas desta vez o sepultamento ocorreu em Macapá, no Cemitério São Francisco de Assis, na BR-210. Os pais voltaram para Chaves, e devem retornar a Macapá no fim do mês para receber o laudo oficial da autópsia que sai na semana que vem.