Por ANDRÉ ZUMBI
Três alunos da Escola Estadual Elias de Freitas Trajano de Souza, localizada no município de Porto Grande, a 100 quilômetros de Macapá, foram premiados e selecionados para apresentar o projeto de um drone de monitoramento feito a partir de materiais reciclados, em uma feira de ciências nos Estados Unidos, em 2023.
A oportunidade surgiu depois que os estudantes Antônio de Sousa Rodrigues, José Paulo dos Santos Martins Neto e Alisson Bryan, todos de 16 anos, foram estimulados a participar com um projeto na primeira feira de ciências da escola, em abril deste ano. À época o projeto deles ficou em 2º lugar.
Com a conquista, os meninos conseguiram credenciar o projeto para participar da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do Amapá deste ano, onde novamente receberam se classificaram para outras feiras. A última aconteceu no Pará, nos dias 16 e 17 de dezembro, quando o projeto conquistou o 1º lugar na categoria Engenharia do Ensino Médio, o que os credenciou a levar o protótipo aos EUA.
Draum
O protótipo do Drone de Baixo Custo para Monitoramento da Biodiversidade e Reservas Ambientais (Draum) foi construído a partir de materiais reciclados como canos de PVC e lixo eletrônico. Ele pode abranger uma área de 19 metros de altura e pode voar por uma hora.
“Esse é o nosso primeiro protótipo. Como nosso município não tem muitos descartes de lixo eletrônico, essa bateria que usamos não consegue distribuir energia suficiente e eles não consegue ir mais alto, além do peso também. Mas é nosso primeiro protótipo, ainda estamos desenvolvendo um melhor e futuramente teremos uma que possa ter mais energia”, justificou Antônio de Sousa.
O projeto consiste em três etapas: desenvolvimento do drone seguido da criação de um aplicativo, e por último o desenvolvimento de uma plataforma para armazenamento dos dados coletados e como um portfólio com informações sobre os biomas monitorados.
O estudante, que sempre teve vontade de ser cientista, deixa claro que o objetivo do projeto é dar um ganho no monitoramento da biodiversidade do município, mas que também pode ser usado por instituições como Ibama ou secretarias de meio ambiente de estados e municípios, e até mesmo por proprietários de fazenda ou plantações.
“Pequenos agricultores podem também se beneficiar do projeto construindo seu próprio drone, ou comprar. Se, futuramente, alguma empresa se interessar pelo projeto e patrocinar, poderemos disponibilizá-los para venda”, disse o adolescente.
A Feira que vai acontecer no ano que vem nos EUA mas ainda não tem data definida.