Palmira deixa o Agir e diz que partido não é desorganizado

Coronel da reserva afirmou que tem novos planos na carreira política
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Por SELES NAFES

A coronel da reserva da PM do Amapá e ex-candidata ao Senado, Palmira Bitencourt, não preside mais o Agir, o antigo PCT. Como justificativa, ela informou que tem novos planos na carreira política.

Palmira enfrentou um grande desafio no ano passado, ao ser escolhida pela direção nacional para comandar a legenda na conturbada candidatura do radialista Bambam, ao governo do Estado. No meio do caminho, ela precisou se virar nos 30 para garantir o registro de candidaturas que haviam “sumido” do sistema do TSE.

Após uma apuração, o tribunal concluiu que houve erro no momento de registrar as candidaturas, o que ocorreu quando o partido ainda era presidido por Bambam, de quem ela se afastou após polêmicas internas. Palmira chegou a afirmar que processaria criminalmente o radialista por declarações que ele deu quando partido foi levado a para apoiar Jaime Nunes (PSD). A coronel também declinou da candidatura ao Senado.

Entrevistada pelo Portal SelesNafes.Com, a coronel disse que não considerava o Agir um partido desorganizado, apesar da falta de tempo de televisão, rádio e dinheiro, entre outras coisas.

Como foi essa experiência com o agir em 2022, com um partido tão desorganizado?

Quando se fala em organização ou desorganização política devemos nos atentar para alguns pontos. Primeiro é o tempo. Os representantes do Agir AP são provisórios e isso dificulta qualquer projeto futuro posto que a qualquer tempo a (executiva) nacional pode trocar a presidência do partido, e isso inviabiliza uma organização que requer tempo e segurança para prometer ao filiado qualquer planejamento político eleitoral

Em segundo, o dinheiro. Mesmo um partido pequeno como o Agir necessita de recursos para a manutenção do mesmo, pois as prestações de contas são obrigatórias mesmo não tendo dinheiro em caixa, e isso requer os serviços de contadores e advogados, fora outras questões dos municípios.

Em terceiro, a vontade. Mesmo o dirigente tendo tempo e dinheiro, há a questão da proatividade, o que requer a frente do partido alguém que veja além da questão política propriamente dita, e, para isso, a pessoa deve gostar do que faz, motivada pelo tempo, recursos e características próprias de cada um para atuar.

Bambam presidiu o Agir, mas foi substituído e depois declinou a candidatura. Foto: Seles Nafes

Palmira e candidatos que não tiveram dinheiro para concorrer. Foto: Seles Nafes/SN

Desorganização depende do ponto de vista daquele que vê.  Há partidos com dinheiro, tempo, bons nomes nas nominatas, mas que não conseguem o objetivo final que é eleger seus candidatos, e por isso, vale perguntar: qual o significado de organização pra você?

Então por que você decidiu entregar a direção da legenda?

Estou com novos projetos e conversei com o vice-presidente Fábio Bernardino, o qual tenho muito respeito e carisma pelo mesmo, e achei melhor entregar o cargo para que ele ficasse à vontade para escolher outro presidente. O Agir 36, antigo PTC, sempre abriu as portas para mim no momento que eu mais precisei, e, por isso, eu tenho muito respeito e gratidão pelo Partido. Saio pela porta da frente deixando ela sempre entreaberta.

Quais seus planos na carreira política?

Estamos avaliando alguns convites e na hora certa iremos decidir o que é melhor para o nosso grupo político.

Seles Nafes
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