Professores decidem parar por dois dias

Decisão foi tomada em Assembleia Geral da categoria ocorrida no último sábado na sede do Sinsepeap, em Macapá.
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Por ANDRÉ SILVA

Nos próximos dias 30 e 31 de março, quinta e sexta-feira, os professores da rede estadual de ensino do Amapá vão parar. A paralisação com indicativo de greve foi deliberada em assembleia geral da categoria, no último sábado (25).

Segundo a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá (Sinsepeap), Kátia Cilene, a decisão veio depois da reunião entre os representantes da categoria e o recém-criado comitê de valorização do servidor do Governo do Amapá, que aconteceu na última quinta-feira (23).

Ao secretário de administração estadual, Paulo Lemos, foi apresentada a proposta de reajuste salarial de 14,96%, mais reposições de perdas que ocorreram nos últimos 10 anos.

Presidente da categoria afirmou que não teve contraproposta do governo. Fotos: Divulgação

Professores votam por paralisação

“Essa foi a nossa demanda dentro da reunião, porém, o secretário Paulo Lemos não apresentou nada. Disse que ainda ia conversar. Logo em seguida, como vi que não ia sair nada, apresentei para os secretários um ofício já solicitando a lista de pagamento de quem recebe pelo Fundeb [Fundo Nacional da Educação Básica] e quem não recebe. Para fazermos um cálculo de quem não recebe pelo Fundeb e o motivo pelo qual não estão destinando esse valor para os que têm o direito a receber, e porque eles não conseguem pagar o que temos direito”, explicou a presidente.

Ela informou que essa não é a primeira vez que o sindicato reúne com o secretário, apresentando as propostas dos servidores.

“Não é a primeira reunião com a Sead. Nós temos clareza do que estamos fazendo. A gente passa por todos os protocolos, porque sabemos como a justiça trabalha: ela quer prova. Então, a gente faz todo rito como protocolo e reuniões”, esclareceu.

Assembleia optou por paralisação de advertência

O secretário de administração, Paulo Lemos justificou que a nova gestão ainda estuda uma contraproposta para apresentar aos servidores. Disse ainda que o devido ao pouco tempo de trabalho frente ao estado, o novo governo busca a melhor saída sem que para isso tenha que ferir a lei de responsabilidade fiscal.

“A gente recebeu a proposta. Não temos ainda uma posição alinhada, porque estamos estudando os números, para que a gente reúna com o governador e possa bater o martelo, se nós vamos ter possibilidade de dar algum reajuste ao servidor esse ano, ou não. Temos um prazo da data-base que é até o dia 1º de abril”,

Nos próximos dias, Lemos vai ouvir outras categorias de servidores do estado e, somente então, deliberará sobre reajustes.

Seles Nafes
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