Da REDAÇÃO
Abandonado há mais de 20 anos, o prédio do antigo Centro de Convivência Asa Aberta, no Bairro Pacoval, próximo à região central de Macapá, vai abrigar um projeto de ressocialização de apenados do Tribunal de Justiça do Amapá.
O imóvel, que pertence ao Estado, foi cedido pelo Governo do Amapá pelos próximos 10 anos a Associação de Proteção e Assistência a Condenados (APAC) que vai instalar no local o Centro de Reintegração Social, com o apoio do Tjap.
Um Termo de Cooperação entre Executivo e Judiciário para a cessão da área foi assinado ontem (27) pelo governador Clécio Luís (SD) e pelo presidente do Tjap, desembargador Adão Carvalho.
A Vara de Execuções Penais e Medidas Alternativas de Macapá disponibilizará recursos para financiar os serviços de reforma e adaptação do prédio.
Segundo o presidente do judiciário amapaense, atualmente a estadia de um preso no sistema penitenciário convencional custa ao Estado, em média, R$ 3 mil. Na APAC, segundo o desembargador, esse valor cairá para R$ 1,5 mil, ou seja, a metade do valor.
“Sem falar que o índice de reincidência no crime pelos apenados que fazem parte do projeto é de apenas 15%. Enquanto no sistema comum a reincidência passa de 85%”, ressaltou Adão Carvalho.
APAC
APAC é a Associação de Proteção e Assistência a Condenados, também chamada de “Amando ao Próximo Amarás a Cristo”. Fundada por um grupo de voluntários cristãos, segue um modelo de ressocialização para condenados que cumprem penas nos regimes fechado, semiaberto e aberto, de modo que o detento siga as regras da instituição e participe de todas as atividades diárias que vão desde serviços domésticos até palestras de valorização da vida.