Da Redação
Até o dia 24 de abril, dos 3,7 mil pacientes recebidos no Pronto Atendimento Infantil (PAI) do Hospital da Criança, 80% poderiam ter sido tratados numa UBS de bairro. É o que mostra levantamento divulgado pela Secretaria de Saúde do Amapá (Sesa).
Há uma preocupação com a escalada de atendimentos, especialmente de crianças com síndromes gripais, o que é comum nesta época do ano. Ao chegarem no PAI, as crianças com essas características mais leves recebem classificação azul ou verde.
Durante todo o mês de fevereiro deste ano, por exemplo, dos 3,2 mil pacientes atendidos, mais de 2 mi receberam a classificação verde. Em março, foram 4,9 mil atendimentos, com mais de 1 mil classificações verdes.
“É comum neste período sazonal aumentar os casos de crianças doentes o que cresce o fluxo de pacientes, no entanto, os mais graves e as situações de emergência recebem prioridade no atendimento. Isso acaba gerando um tempo de espera maior para atendimento e a lotação do PAI”, enfatizou a secretária de Saúde, Silvana Vedovelli.
Dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostram que o Amapá está entre os 16 estados que mais possuem casos de influenza tipo A e B, vírus sincicial respiratório e covid-19. Os casos de resfriados precisam ser levados para as UBSs.
O PAI atende
O PAI atende casos de urgência e emergência, quando há risco de morte. Veja alguns exemplos.
- Diminuição da produção de urina;
- Convulsões pela primeira vez ou que durem mais de quatro minutos;
- Frequência respiratória elevada;
- Presença de sangue nos vômitos ou na diarreia;
- Vômito que não foi curado por alguma medicação;
- Diminuição da sucção em lactentes e recém-nascidos;
- Nível de consciência alterado (desmaio);
- Irritabilidade mantida ou choro persistente;
- Dores abdominais fortes por mais de três dias;
- Febre alta (maior que 39°C) por mais de três dias ou acompanhada de outros sintomas;
- Chiado, cansaço ou tosse seca;
- Desidratação;
- Alterações nas “moleiras” (formas curvas ou afundamento das mesmas);
- Dificuldade de alimentação.