Por IAGO FONSECA
Assoreado por lixo e lama, o porto do Igarapé das Mulheres, no Bairro Perpétuo Socorro, zona leste de Macapá, vai receber, nos próximos dias, ações socioeducativas e de limpeza da Prefeitura de Macapá.
O Portal SelesNafes.com retratou a situação no local, em reportagem publicada no dia 9 de julho, que mostrou os transtornos do acúmulo de lixo e vegetação para trabalhadores do porto e ribeirinhos que abastecem o mercado de peixe e a feira do Igarapé das Mulheres.
Esta semana, a Zeladoria Urbana confirmou que uma ação vai ocorrer por toda a extensão do canal do bairro até o Igarapé, iniciando pela lixeira viciada atrás do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e Centro Pop, na avenida Ana Neri.
Além de roçagem, retirada de resíduos sólidos e entulhos, a ação visa conscientizar os moradores da região sobre o descarte de lixos e entulhos. Comerciantes, moradores e ribeirinhos serão orientados sobre os cuidados e limpeza de resíduos comuns.
Há pouco mais de um mês, a Zeladoria Urbana retirou cerca de “100 caçambas” de entulhos da lixeira ilegal localizada entre o Cras e o Centro Pop, segundo Helson Freitas, secretário municipal da Zeladoria Urbana.
“Há uma reincidência muito forte de hábitos que são danosos ao meio ambiente, à saúde humana e à cidade”, explica o secretário. Pneus, móveis e até criação de porcos podem ser encontradas no entorno do canal.
O acúmulo de resíduos no canal pode, em períodos de chuva e maré alta, levar toda a contaminação para a bacia do Igarapé das Mulheres, criando um efeito cascata e causando prejuízos ainda maiores à população.
“O canal tá fechando, tanto lixo e porcaria. Quando chove vêm muito lixo do canal e fica por aqui (no igarapé). As pessoas que moram na beira do canal jogam o lixo pela janela”, conta Airton Santos, feirante do Igarapé das Mulheres, de 57 anos.
A lixeira viciada na avenida Ana Neri é constante. Segundo moradores, o local permanece sem rejeitos somente por poucos dias após os trabalhos de limpeza.
“Quando acumula muito, o lixo chega até aqui na rua”, comenta o comerciante de alimentos Orivaldo Pantoja, de 57 anos.
A próxima ação da zeladoria urbana no bairro está prevista para iniciar em 10 dias. Segundo o secretário, não há dificuldades na coleta de lixo, que segue um cronograma diário em algumas regiões e cada 3 dias em outras. Para ele, o acondicionamento adequado do lixo, em alturas que animais não alcancem para rasgar, podem diminuir a poluição e acúmulo na região.
“A conscientização é parte do comportamento de cidadania”, conclui.