Por SELES NAFES
O desaparecimento de duas cadelas que eram mantidas por funcionários e alunos dentro da Universidade Federal do Amapá (Unifap) virou caso de polícia. Ambas eram abrigadas por um projeto que existe há três anos, eram castradas, o que elimina a possibilidade de fuga para a rua.
O caso foi registrado na 9ª Delegacia de Polícia de Macapá como furto. Caverna e Tigresa foram abandonadas na Unifap em 2021, quando iniciou o projeto de tutelar de animais.
Na última contagem feita pela coordenação do projeto, existiam 24 cães vivendo separadamente em blocos de vários cursos. Alimentos, remédios, vacinas, água e outros cuidados são garantidos com doações de alunos e servidores.
Caverna e Tigresa (que tem um defeito em uma das patas) são vira-latas e viviam livremente dentro da Reitoria há mais de três anos, onde eram cuidadas pelos funcionários, inclusive terceirizadas. Foi uma das funcionárias que compartilhou nas redes sociais o sumiço dela. A última vez em que foram vistas foi na véspera do feriado de 12 de outubro (Nossa Senhora de Aparecida).
“Na castração das cadelas são retirados os ovários e o útero. Dessa forma, o animal não entra no cio e evita crias indesejadas. Isso elimina a possibilidade delas (Caverna e Tigresa) terem atraído outros cachorros e fugido para a rua”, explica o veterinário Fernando Lucas Pereira, coordenador do projeto.
Foi Fernando quem registrou o boletim de ocorrência depois que a reitoria teria demonstrado pouco interesse em descobrir o paradeiro dos animais, assim como a empresa de monitoramento que tem acesso a imagens do campus.
O ex-vereador e militante da causa animal, Victor Hugo, também também denunciou o caso nas redes sociais.
O delegado de plantão na 9ª delegacia informou ao veterinário que a empresa será intimada a prestar esclarecimentos.