Por CAROLINA MACHADO
Uma panificadora localizada do Bairro Perpétuo Socorro, zona leste de Macapá, foi interditada hoje (8) pela Vigilância Sanitária do município e autuada pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Procon) por várias irregularidades.
O estabelecimento, localizado na Avenida Pedro Américo, virou alvo da fiscalização depois que o Procon recebeu uma denúncia anônima sobre as condições sanitárias do local.
O diretor da Vigilância Sanitária do município, Alecsandro Santos, relatou que a inspeção encontrou alimentos estragados e com prazo de validade vencido. Além disso, a estrutura física da panificadora não estava de acordo com os padrões de higiene.
“Eram biscoitos e pães com fungos, mortadelas, sucos em caixa e refrigerantes vencidos, além das condições sanitárias de manipulação totalmente inadequadas. Encontramos também um gato no local de manipulação de alimentos, esgoto aberto, freezers enferrujados, lixeira sem tampa e o forro do estabelecimento deteriorado e com fungos”, citou o diretor.
Os produtos impróprios para consumo foram retirados das prateleiras e descartados na lixeira pública.
Para voltar a funcionar, o proprietário terá que apresentar algumas documentações, como o licenciamento da Vigilância Sanitária, CNPJ, comprovante de residência e realizar uma reforma parcial na estrutura física da panificadora.
“O proprietário foi notificado e a gente deu um prazo para comparecer à Vigilância. Até agora não compareceu. Caso isso não aconteça, a gente vai passar para o Ministério Público e ele não poderá mais abrir o estabelecimento”, frisou Santos.
De acordo com a chefe de fiscalização do Procon, Lana Cristina, o órgão também realizou os procedimentos administrativos, onde lavrou o auto de infração. A panificadora terá 20 dias para apresentar recurso sobre as irregularidades.
“O agravante é que o estabelecimento funciona próximo a uma escola municipal de ensino fundamental, então ele é bastante frequentado por crianças. Cabe destacar que a higiene de manipulação de alimentos e a qualidade do atendimento prestado é um dos direitos do consumidor e isso tudo estava sendo violado e isso não pode acontecer”, concluiu Lana Cristina.
As autoridades sanitárias e de defesa do consumidor preferiram não divulgar o nome do estabelecimento por entender que a interdição tem um prazo para justificativa e providências do proprietário.