Por JONHWENE SILVA, de Santana
Erguidas para receber pacientes em tratamento contra a covid-19 durante a pandemia, as tendas do Hospital Estadual de Santana (HE) começaram a ser desmontadas nesta terça-feira (19) pelo governo do Estado. O espaço improvisado estava em funcionamento há 3 anos e 7 meses.
As tendas, que após a pandemia passaram a atender pacientes de pequena, média e alta complexidade, abrigava 44 leitos. A estrutura também recebeu a primeira UTI específica para pacientes com a covid. Nos últimos meses, no entanto, as tendas eram motivos de reclamação da população, principalmente durante o período das chuvas.
“Havia aqui a necessidade de melhorias. Não era um espaço adequado. Muitas pessoas sofreram aqui dentro pela falta de estrutura. Hoje é um momento de alegria, porque vai embora uma parte triste de muita dor das pessoas que perderam a vida aqui dentro”, relatou a aposentada Ana Baia dos Santos.
“Existe um simbolismo nesse ato de desmonte das tendas. Por aqui passaram pessoas que perderam a vida, entre servidores e a população em geral. Ou seja, um local de muita dor e sofrimento que dará lugar ao novo complexo hospitalar. Por isso, considero que o espaço foi importante na época do combate da pandemia e que agora está desmontada para um novo momento. É a vitória do povo santanense que irá receber um novo complexo hospitalar”, destacou o governador do estado Clécio Luís.
O desmonte da estrutura era uma das últimas etapas de preparação do novo HE, previsto para ser entregue no dia 21 deste mês. No total, a obra demorou 15 anos para ser concluída e chegou a ficar parada durante vários anos. A obra custou R$ 38 milhões.
“Esse espaço aqui será utilizado como estacionamento. No futuro, existe dentro do plano diretor do hospital uma ideia para que aqui seja construído um prédio administrativo”, afirmou o secretário de Estado da Infraestrutura, David Covre.
Na área onde funcionava o atendimento das tendas, funcionários plantaram um Ipê que será preservado no projeto de adequação para o estacionamento do HE. Na árvore, que deverá se tornar um monumento, está fixada uma placa homenageando os mais de 1.000 pacientes atendidos na pandemia.