Para ‘pendurar’ conta de R$ 1.500, policial penhorou arma e distintivo em restaurante

Investigação administrativa opinou pela demissão do agente da Polícia Civil
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Por SELES NAFES

Um policial civil do Amapá pode ser demitido do serviço público por ter penhorado a arma e a carteira funcional em um restaurante de Macapá. Um procedimento administrativo disciplinar, conduzido pela Corregedoria da PC, opinou pela demissão dele.

O caso ocorreu em março de 2022, num restaurante no Bairro do Perpétuo Socorro, na zona leste de Macapá, por dois dias seguidos, segundo as investigações.

No dia 12 de março, a conta de alimentos e bebidas do agente somou R$ 800. No dia seguinte, chegou a R$ 700. Como garantia de que ia pagar a dívida, o policial entregou aos donos do restaurante a pistola da instituição e a carteira com o distintivo da Polícia Civil. Em depoimento na Corregedoria, os proprietários do estabelecimento confirmaram o fato, além de outras testemunhas.

O delegado e coordenador do Ciosp dos Congós, unidade onde o agente era lotado, também prestou informações durante a apuração. O delegado Francisco Roberto declarou que o agente costumava causar “incidentes” quando estava de plantão, e que era comum ele faltar ao serviço ou apresentar atestados.

Depois que o agente não manifestou interesse num acordo judicial para não ser processado, a promotora de justiça Ivana Rios Coutinho determinou a abertura de inquérito civil que pode resultar numa ação de improbidade administrativa. A portaria assinada por ela foi publicada esta semana no Diário Oficial do Ministério Público.

Já o procedimento disciplinar da Corregedoria da Polícia Civil, com parecer pela demissão do agente, foi encaminhado para o Ministério da Gestão, já que o policial pertence ao quadro do ex-Território Federal do Amapá.

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