Por SELES NAFES
Os coordenadores de campanhas eleitorais costumam usar a expressão “custo do voto” para calcular o orçamento que terá a jornada do candidato durante o pleito. Em Itaubal, município a 140 km de Macapá, o único voto de um candidato a vereador deve estar entre os mais caros já vistos.
Odeci Ferreira, de 44 anos, recebeu do fundo partidário do PDT cerca de R$ 11,5 mil. No entanto, ele saiu da eleição com apenas um voto, talvez o dele.
No sistema do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), Odeci se identificou como servidor público municipal, solteiro, ensino médio completo e sem bens a declarar. Nos grupos de WhatsApp de Itaubal, circulou uma foto de Odeci manifestando apoio e até segurando o santinho de outra candidatura a vereadora.
Em cada cidade, o TSE fixa o teto máximo de despesas das campanhas, de acordo com a quantidade de eleitores. Em Itaubal, que tem 9,9 mil eleitores, a campanha para vereador foi limitada a R$ 15,9 mil.
A vereadora mais votada foi Darliete Palmerim (SD), com 575 votos. O menos votado (eleito) foi Adilson Ramos (PSD), com 287 votos. Em Itaubal, 8,4 mil eleitores votaram para vereador.