Projeto de Lei quer proibir embarque de abusadores em aviões

Caso em aeronave que pousou no Aeroporto de Macapá motivou a iniciativa do projeto de Lei.
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Da REDAÇÃO

Um projeto de lei que pretende barrar o embarque em voos comerciais de pessoas condenadas por crimes como importunação sexual, ameaça e violência deve ser protocolado no Senado na próxima terça-feira (8).

A proposta, anunciada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), surge como resposta ao caso de um empresário preso por importunação sexual em um voo com destino a Macapá na última sexta-feira (4).

Em vídeo publicado em suas redes sociais, Randolfe explicou que o projeto cria uma “lista nacional de proibição de embarque em transporte aéreo” para indivíduos condenados criminalmente – incluindo crimes contra a dignidade sexual, especialmente os cometidos em aeronaves, aeroportos e outros espaços de transporte público.

Motivação

O projeto ganhou contornos após a prisão do empresário Walter Koschinski, 53 anos, acusado de tocar a coxa de uma passageira sem consentimento durante um voo da Azul que saiu de Brasília com destino a Macapá. Koschinski, que atua no agronegócio e é natural do Paraná, foi detido pela Polícia Federal (PF) assim que o avião pousou no Aeroporto Internacional Alberto Alcolumbre, na capital amapaense.

Proposta do senador Randolfe Rodrigues (AP) cria lista nacional de restrição aérea para condenados por crimes sexuais, ameaça e violência. Foto: Reprodução/redes Sociais

A denúncia partiu da própria vítima, que relatou aos comissários de bordo que o acusado iniciou uma conversa “invasiva” e, em seguida, cometeu o ato de importunação. Koschinski negou as acusações em depoimento, mas foi autuado em flagrante. Ele pagou fiança de R$ 75 mil (equivalente a 50 salários mínimos) e foi liberado após audiência de custódia, mas continuará respondendo ao processo.

O que prevê o projeto

O texto, elaborado com base em uma sugestão do advogado Mateus Negrini, prevê a inclusão na lista de restrição aérea de pessoas condenadas por: crimes contra a segurança da aviação civil; ameaça, coação ou lesão corporal; e crimes contra a dignidade sexual, com ênfase em importunação sexual em transportes públicos.

“Tem que ter resposta imediata para criminosos, em especial para abusadores”, afirmou Randolfe.

Ele destacou que a proposta será priorizada para tramitação rápida no Congresso. Para o parlamentar, a expectativa é que, se aprovada, a medida iniba novos casos e garanta maior segurança a passageiras e passageiros.

Seles Nafes
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