Por SELES NAFES
A atual direção do MDB no Amapá atribuiu à gestão anterior a responsabilidade pela rejeição das contas do partido referentes ao exercício de 2023, decisão tomada por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) na última terça-feira (20). A legenda alega que a ausência de documentos essenciais comprometeu a prestação de contas.
Em nota oficial enviada ao Portal SelesNafes.Com, o diretório estadual afirma que, desde que o deputado federal Acácio Favacho assumiu a presidência em março de 2023, foram identificadas diversas pendências deixadas pela administração anterior. Segundo o partido, essas irregularidades dificultaram a regularização da situação financeira e contábil da legenda. Para obter os documentos faltantes, a atual gestão informou ter ajuizado ação judicial. A legenda era presidida por Gilvam Borges, hoje no Avante.

Gilvam Borges em campanha pelo Avane, em 2024
A decisão do TRE apontou irregularidades como o uso inadequado do fundo partidário e a falta de investimento mínimo obrigatório na formação política de mulheres. Além disso, o tribunal determinou a devolução de valores ao Tesouro Nacional e a aplicação de multa sobre as despesas não comprovadas.
Na nota, o partido também destacou seu compromisso com a transparência e a boa gestão partidária, mencionando ações efetivas de inclusão e fortalecimento da participação feminina na política. De acordo com a nota, o MDB destinou ao núcleo MDB Mulher Amapá um percentual de recursos superior ao mínimo legal exigido.
O partido aguarda a publicação do acórdão do TRE para interpor recurso, reafirmando seu compromisso com o cumprimento rigoroso da legislação eleitoral e com a responsabilidade na condução das atividades partidárias no estado.