Da REDAÇÃO
O artesanato tradicional e as biojoias indígenas são os grandes destaques da Feira Internacional de Oiapoque, que acontece na fronteira do Brasil com a Guiana Francesa. A exposição, realizada com apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Amapá (Sebrae), valoriza a produção artesanal de etnias e comunidades locais por meio do Projeto Tecendo Arte.
Nesta edição, 18 artesãos — indígenas e não indígenas — participam da feira com criações autorais feitas com sementes, fibras naturais, madeira e couro curtido. As peças, que vão de colares e pulseiras a utilitários decorativos, refletem a estética e os saberes tradicionais da região do extremo norte do Brasil.
Segundo a gestora do Projeto Tecendo Arte, Alessandra Martins, o objetivo é fortalecer a identidade cultural do Oiapoque e ampliar o alcance dos produtos artesanais amapaenses.
“Hoje a Feira de Negócios oportuniza aos artesãos locais, a divulgação de suas peças com a apresentação do grafismo das etnias indígenas do Oiapoque e fortalece a referência cultural do artesanato do Estado do Amapá”, destaca Alessandra Martins.

Sementes e outras matérias primas são cores e beleza aos pordutos

Evento reúne 18 expositores indígenas…

…e não indígenas

Evento termina amanhã (3) Fotos e reportagem: Rafael Carneiro
A exposição reúne obras de indígenas das etnias Palikur, Karipuna, Galibi Marworno e Galibi Kalinã, além de artesãos oiapoquenses. As biojoias expostas — colares, brincos, pulseiras e peças feitas com miçangas — representam elementos da fauna amazônica, com forte simbolismo cultural para os povos originários da região.
O artesão indígena André Gabriel Marworno, um dos expositores, comemora a visibilidade proporcionada pela feira:
“A Feira traz uma oportunidade de mostrar essa cultura maravilhosa que nós temos aqui em Oiapoque. E poder compartilhar com nossos vizinhos da Guiana Francesa e outros municípios do estado do Amapá é de imensa gratidão”, disse.
Artesanato e biojoias integram a Feira Internacional de Oiapoque, organizada pelo Sebrae
Oficinas
Além da exposição, o evento oferece oficinas criativas com quatro temáticas que valorizam a produção artesanal regional: grafismo indígena, teçume com fios de malha e sementes, crochê e reutilização de materiais recicláveis.
Cada oficina tem duração entre 40 e 60 minutos e é ministrada pelos próprios artesãos participantes, promovendo a troca de saberes tradicionais e técnicas contemporâneas.