Por OLHO DE BOTO
Um homem de 26 anos, investigado por tortura, tentativa de feminicídio, agressão, violência sexual e psicológica, foi preso na madrugada desta terça-feira (9) no município de Afuá, no Pará. As autoridades não divulgaram o nome do agressor. Ele estava sendo procurado pela Polícia Civil do Amapá e teve um mandado de prisão cumprido pela Polícia Militar do Pará.
O crime mais recente ocorreu em 25 de agosto de 2025, na comunidade de Santa Luzia, área rural de Macapá. A vítima, uma mulher de 20 anos, convivia com o suspeito há apenas um mês. Motivado por ciúmes da companheira em relação à mãe dele, o agressor desferiu cerca de cinco golpes de faca. Em seguida, levou a vítima até um cemitério na comunidade, onde a ameaçou de morte e disse que, após matá-la, mataria também a filha dela, de pouco mais de 1 ano, enteada do acusado.

O agressor passará por audiência de custódia no Afuá e será recambiado ao Amapá. Foto: Divulgação
Segundo a delegada Marina Guimarães, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) de Macapá, essas ameaças configuram tortura psicológica, crime pelo qual ele também responderá, junto com violência sexual, tortura e tentativa de feminicídio.
A vítima precisou procurar atendimento médico no Hospital de Emergências de Macapá, ocasião em que a DEAM tomou conhecimento do fato. Enquanto ela era levada para receber cuidados, o agressor fugiu. Um vídeo gravado logo após as agressões mostra a mulher com perfurações de faca e visivelmente abalada.
O acusado possui extensa ficha criminal, com vários processos, incluindo violência contra a mulher. Entre os delitos, já havia tentado matar a ex-companheira, ateando fogo em seu corpo. Apesar disto, as autoridades não divulgaram o nome dele.
O violento agressor passará por audiência de custódia no Afuá e será recambiado ao Amapá. Para a delegada Marina Guimarães, o caso reforça a prioridade da corporação no combate à violência doméstica.

Crime foi investigado pela erquipe da DEAM. Foto: Olho de Boto

Delegada Marina Guimarães: “Essa prisão mostra que não haverá tolerância contra agressores de mulheres”. Foto: Olho de Boto
“Essa prisão mostra que não haverá tolerância contra agressores de mulheres. Nosso trabalho é garantir proteção e justiça para todas as vítimas”, afirmou.
Ela ainda ressaltou a importância da denúncia: “Todas as mulheres que vivem situações de violência devem procurar ajuda. Há acolhimento, proteção e justiça à disposição. Estamos aqui, na DEAM, 24 horas”, ressaltou.