Por SELES NAFES
Uma facção criminosa com predominância dentro do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) teria ordenado o assassinato do atual diretor da cadeia, o delegado da Polícia Civil Luiz Carlos Gomes dos Santos. O Portal SN apurou que até um prêmio em dinheiro já teria sido oferecido para quem executasse o homicídio.
Desde que assumiu a direção do Iapen, no começo da gestão Clécio, o delegado endureceu o combate às facções, transferindo lideranças para presídios federais e comandando operações que desarticularam a comunicação clandestina dentro do complexo. Luiz Carlos mudou o sistema de visitas, proibiu proibiu que advogados e até servidores ingressassem com celulares ou qualquer dispositivo eletrônico.
As ações resultaram na apreensão de aparelhos, drogas e na prisão de servidores envolvidos com o crime organizado — entre eles policiais penais e até professores. O caso mais recente foi o do diretor da Escola Penitenciária São José, flagrado repassando cinco celulares e drogas para um detento. Essas ações são apontadas como a causa da redução de homicídios ligados ao crime organizado.

Transferências de presos…

…mudanças no sistema de visitas…

E ações contra a entrada de celulares e drogas foram intensificadas
Ameaças e carros
O setor de inteligência da Sejusp monitora os movimentos das facções e investiga as ameaças, que não são novidade, mas se intensificaram nos últimos dias a ponto de forçar medidas inéditas.
Duas delas foram a criação de um serviço permanente de segurança e escolta pessoal da diretoria, com efetivo formado por policiais penais de elite, e a implantação de uma gerência de segurança institucional.
A Secretaria de Segurança Pública também disponibilizou dois veículos blindados para uso do delegado. Além disso, novas transferências de detentos para o sistema federal já foram realizadas, e o Iapen aguarda decisão judicial para enviar outro grupo de presos.
